O FC Vizela, da II Liga, e o Paços de Ferreira, na primeira, receberam o prémio de Responsabilidade Social de dezembro de 2020 pela parceria no projeto “Lucas – Investigação ao Cancro Infantil”.
As duas Sociedades Desportivas, bem como os seus atletas profissionais e equipas técnicas, participaram ativamente na angariação de fundos para bolsas de investigação do cancro infantil.
Foi com “agrado e dificuldade, em forma de alegria, que foi feita a avaliação de todas as campanhas durante o mês de dezembro pelas Sociedades Desportivas”, segundo Sónia Carneiro.
A distinção foi entregue pela diretora executiva da Liga Portugal, que começou por dizer que “estas sinergias merecem ser aplaudidas”.
“Trata-se de uma campanha que uniu duas Sociedades Desportivas e queremos ver cada vez mais Sociedades Desportivas envolvidas. Neste caso, são dois prémios numa só campanha, com Sociedades Desportivas de escalões diferentes, mas que provam que o bem pode ser feito em união, independentemente da divisão em que estão as equipas”.
A Liga Portugal tem assistido a um aumento considerável de ações de Responsabilidade Social e Sónia Carneiro tem acompanhado de perto o papel da Fundação do Futebol neste estímulo e permanente desafio colocado às Sociedades Desportivas.
“A equipa da Fundação do Futebol – Liga Portugal tem feito um trabalho absolutamente meritório, tem conseguido levar sorrisos às Instituições que temos vindo a apoiar, mas também criar sinergias com as Sociedades Desportivas para os alertar para a importância de intervirem junto da sociedade, utilizando o Futebol Profissional em prol da sociedade e do bem”.
O Futebol tem sido exemplo de segurança e proteção em tempos de pandemia, mas também na ajuda aos que mais precisam numa sociedade cada vez mais vulnerável: “As pessoas que estão ligadas ao Futebol têm essa consciencialização, da sua importância, daquilo que valem e daquilo que podem fazer pelos outros, o que tem sido um estímulo para todos nós neste tempo em que aconselhamos todos a ficarem em casa, a respeitarem aquilo que é este confinamento, para ver se nos livramos desta maldita pandemia. O Futebol vai ter aqui duas funções: por um lado, de entretenimento, por outro, de ajuda a todos aquele que tiverem essa necessidade. O Futebol é cada vez mais, um elemento fundamental na sociedade”.
Já Diogo Godinho, presidente do FC Vizela, espera que todos os clubes abracem ações deste cariz. “Devemos estar de portar abertas para abraçar todas as causas, ainda para mais numa altura em que estamos a passar por dificuldades nunca vividas. Tanto internamente, como a mensagem que foi passada para o exterior foi bastante positiva: em dois dias, o produto que tínhamos à venda desapareceu, e como tal foi um claro sucesso. Por isso, aproveito, também, para agradecer todos os que nos ajudaram a ajudar. Temos a obrigação social de abraçar todos os projetos que estejam ao nosso alcance. Estamos a atravessar um período muito difícil e os clubes têm de estar de braços abertos para qualquer ação deste género”.
De acordo com o valor deste projeto está também Paulo Meneses, presidente do FC Paços de Ferreira, ao reconhecer que “esta distinção significa muito para nós também pelo facto de termos criado, já há alguns anos, o departamento “Paços Solidário”, que embarca em si todo um conjunto de iniciativas, onde esta também se enquadra em particular”.
A investigação do cancro infantil, o apoio à ciência e ao estudo são causas para as quais sempre estiveram sensíveis. “Ficamos felizes porque mais do que esta notoriedade que nos pode advir, tem a ver com a consciencialização que todos nós, agentes do Futebol, temos de ter para causas nobres como esta e que nós temos de abraçar, pois temos uma função que ultrapassa a questão desportiva. Temos de ter a consciência de que o FC P. Ferreira, tal como todos os clubes, têm esta obrigação social que nos honra imenso. Gostaria que todas as Sociedades Desportivas estivessem um dia aqui neste lugar, pois era sinal de que todas elas tinham percebido que temos uma função que não se esgota no Futebol e dentro das quatro linhas: este é o grande desafio que se coloca”.