O FC Porto voltou hoje a conquistar a Liga dos Campeões de hóquei em patins 33 anos depois, ao derrotar um impotente Valongo, por claros 5-1, na quinta final exclusivamente portuguesa da prova, em Viana do Castelo.
No Pavilhão Municipal José Natário, onde decorreu desde quinta-feira a ‘final a oito’ da principal competição europeia de clubes, os ‘dragões’ marcaram por Rafa (08 minutos), o francês Carlo di Benedetto (18 e 30), Gonçalo Alves, de livre direto (21), e o espanhol Xavier Barroso (49), com Miguel Moura (13) a ‘faturar’ para os vice-campeões em título.
Na sua 15.ª presença no encontro decisivo da Liga dos Campeões, o FC Porto quebrou uma ‘malapata’ de 10 derrotas consecutivas e reeditou os êxitos logrados em 1985/86 e 1989/90, tendo agora nove troféus internacionais no seu palmarés no hóquei em patins.
Os campeões nacionais e mundiais igualaram o Sporting e os espanhóis do Voltregà no quinto lugar do ‘ranking’ de clubes mais titulados, todos com três cetros, e sucedem aos italianos do Trissino, que também tinham vencido o Valongo em 2021/22, numa edição que decorreu sem os principais candidatos e ainda sob a designação de Liga Europeia.
À procura da segunda conquista internacional da sua história, os ‘verdes’ entraram mais rematadores, mas foram apanhados fatalmente em contrapé ao oitavo minuto, quando Carlo di Benedetto descobriu na direita Rafa, que ‘picou’ o esférico sobre Alejandro Edo.
O jogo continuou a evoluir numa toada nivelada e intensa nos dois extremos do rinque e ficou igualado aos 13 minutos, com Miguel Moura, que já tinha visto um golo invalidado poucos instantes antes, a fugir por detrás da baliza de Xavier Malián para rematar forte.
O FC Porto foi moldando os seus processos face às marcações rigorosas do Valongo e também teve um remate certeiro anulado a Xavier Barroso, que viria a dar sequência ao contra-ataque conduzido em campo inteiro por Di Benedetto para o 2-1, aos 18 minutos.
Os campeões nacionais e mundiais voltaram a ter eficácia três minutos depois, num livre direto de Gonçalo Alves, que sancionou Facundo Navarro com cartão azul e impôs uma desvantagem de dois tentos aos ‘verdes’ pela primeira vez nesta fase decisiva da prova.
Com menos tempo de recuperação do que o FC Porto em relação aos jogos das meias-finais disputados no sábado, o Valongo foi quebrando a nível físico e anímico durante o reatamento e ‘caiu’ com nova transição mortífera de Carlo di Benedetto, aos 30 minutos.
O conjunto de Ricardo Ares soube capitalizar a sua experiência para gerir as incidências com o avanço do cronómetro e retirar espaço de manobra a um adversário recheado de juventude, que desaproveitaria um penálti polémico de Facundo Bridge, aos 43 minutos.
A bola até chegou a transpor a linha de golo, mas a dupla de arbitragem mandou jogar e frustrou qualquer réstia de esperança da equipa orientada por Edo Bosch, antigo guarda-redes do FC Porto, que nunca conquistou este troféu nas 18 épocas de ligação ao clube.
O vencedor estava encontrado e Xavier Barroso ainda teve tempo para ser protagonista numa das últimas jogadas do desafio e estabelecer o 5-1 final, que desencadeou festejos em tons ‘azuis e brancos’, sob o olhar do presidente portista Jorge Nuno Pinto da Costa.
Ficha de Jogo
Jogo no Pavilhão Municipal José Natário, em Viana do Castelo.
FC Porto – Valongo, 5-1.
Ao intervalo: 3-1.
Marcadores:
1-0, Rafa, 08 minutos.
1-1, Miguel Moura, 13.
2-1, Carlo di Benedetto, 18.
3-1, Gonçalo Alves, 21 (livre direto).
4-1, Carlo di Benedetto, 30.
5-1, Xavier Barroso, 49.
Sob a arbitragem de Miguel Díaz (Espanha) e Ruben Fernández (Espanha), as equipas alinharam:
– FC Porto: Xavi Malián, Telmo Pinto, Rafa, Carlo di Benedetto e Gonçalo Alves. Jogaram ainda Ezequiel Mena, Xavier Barroso, Reinaldo García e Diogo Barata.
Treinador: Ricardo Ares
– Valongo: Alejandro Edo, Rafael Bessa, Nuno Santos, Facundo Navarro e Facundo Bridge. Jogaram ainda Miguel Moura, Francisco Silva e Diogo Abreu.
Treinador: Edu Bosch.
Assistência: Cerca de 2.000 espetadores.