Faz hoje um ano que morreu ‘Melinha’, a mais famosa adepta do Braga

Logo há missa em sua homenagem na Igreja dos Congregados
Foto: SC Braga

Faz esta terça-feira um ano que morreu Amélia Morais, conhecida como ‘Melinha’, a mais famosa adepta do SC Braga.

Em sua memória será celebrada, hoje, pelas 17:00, a missa do 1.º aniversário de falecimento, pelas 17:00, na Igreja dos Congregados, em Braga.

Amélia Morais morreu no dia 11 de abril de 2022, aos 86 anos.

Famosa no mundo inteiro entre os adeptos de futebol, “Melinha” tinha nove anos quando assistiu ao primeiro jogo do SC Braga, quando ainda o campo era de terra.

“Nasci na Ponte S. João e o campo onde o Braga jogava era em terra e ao pé do pavilhão Flávio Sá Leite, as tribunas eram de madeira. Naquele tempo, em Braga, muita gente andava descalça”, relembrava Amélia, em entrevista a O MINHO, sobre o longínquo ano de 1945. “As pessoas esquecem-se, mas eu sou do tempo da tuberculose, da II Guerra Mundial, e ainda me lembro de ouvir falar do Sidónio Pais. O primeiro calçado que apareceu nesta cidade eram umas solas de madeira com um tacão grosso. A partir daí, quem andasse descalço pagava uma multa de 5 coroas”.

Amélia era uma das filhas de uma família numerosa residente na Ponte S. João. Assistia aos jogos do SC Braga acompanhada do irmão mais velho, até conhecer o seu marido e, no ano de 1960, com 24 anos, casar, sem nunca ter filhos.

O esposo era um adepto fervoroso do clube da cidade dos arcebispos. O amor, que nutriam um pelo outro, elevava-se nas bancadas do estádio de futebol, nas idas aos jogos, na celebração de cada golo: “Lembro-me muito do meu marido, sempre fomos muito unidos. Ele era um sócio mais antigo do que eu, e o futebol começou com ele. Era a nossa paixão”.

Em 1966 celebraram juntos a conquista da Taça de Portugal. “A primeira Taça de Portugal que o Braga ganhou foi um momento lindo! Um dos momentos mais felizes da minha vida e da vida dele”, contava.

Vídeo: SIC

Viajou o mundo a reboque do clube. Nos armazéns de Liverpool conheceu os Beatles e dançou o twist ao som da banda. “Amélie! Amélie!”, ouviu deitada na cama do hotel, o chamamento uivado das ruas britânicas. “Eram os ingleses, os adeptos do Liverpool a chamar-me. Eu fui à varanda e disse-lhes I love you, bye-bye, thank you a lot. Eram muito engraçados”.

O seu grande sonho era ver o Braga campeão.

 
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