“A 28 de setembro de 2012 o sonho tornou-se realidade”. É desta forma que a Câmara de Famalicão inicia a apresentação da efeméride dos 10 anos do Parque da Devesa, que se assinalam nesta quarta-feira.
O parque urbano de Famalicão, com cerca de 27 hectares, nasceu de terrenos por cultivar e de quintas abandonadas, tornando-se numa referência para os habitantes de todo o concelho, conforme dá conta Mário Passos, atual presidente da Câmara.
“A Devesa ultrapassou em muito o seu propósito inicial de ser um parque verde urbano, transformando-se num prolongamento do quotidiano dos famalicenses”, refere a propósito, Mário Passos, que encara a construção da Devesa “como uma das maiores obras públicas de sempre no município”.
Construído durante o período em que Armindo Costa foi presidente de Câmara (2001-2013), o Parque da Devesa conta com árvores autóctones, um lago e uma vasta gama de aves que podem ser observadas, muito graças a um lago no centro da infraestrutura.
Em termos de património, disponibiliza a Casa do Território, Anfiteatro (com capacidade para 1.000 espectadores), para além de outros serviços educativos, culturais e comerciais.
No início da década de 1950, muitos famalicenses já apontavam este local, ao longo do rio Pelhe, numa área central da “vila”, como sendo ideal para um parque de lazer. A intenção ficou mesmo registada no Anteplano de Urbanização da cidade, naquela década.
Apesar das intenções, a ideia só voltou a ser lembrada na década de 1970, quando o plano de urbanização classificou a área como espaço verde, de forma a evitar que por lá se construísse, isto durante um forte período de expansão urbana em Famalicão. Dessa forma, ficou salvaguardada a criação do parque.
Com a degradação das quintas que ocupavam o atual espaço, ao longo dos próximos 20 anos, em 1990 voltou-se a realizar um estudo relacionado com o rio Pelhe e uma das quintas que ocupavam o atual parque. Ficou, novamente, avaliado que o local seria ideal para uma área verde em espaço urbano. Em 1994, a área foi finalmente classificada como Espaço Verde Urbano no PDM.
Com a entrada de Armindo Costa, em 2001, a ideia do parque ganhou forma através de um plano de urbanização da zona da Devesa, permitindo, ainda, intervenções ao nível do trânsito, numa área onde habitualmente se circula para aceder às autoestradas e aos concelhos de Guimarães e Santo Tirso.
Em 2012, cerca de 50 anos depois da primeira idealização, o parque foi inaugurado, há precisamente 10 anos, com arquitetura pela mão do famalicense Noé Diniz.