Faz hoje 886 anos que D. Afonso Henriques foi aclamado rei de Portugal

Após a batalha de Ourique
Faz hoje 886 anos que d. Afonso henriques foi aclamado rei de portugal
Foto: Mónica Mota Lopes / O MINHO (Arquivo)

Foi a 26 de julho de 1139 que o arcebispo de Braga terá colocado a coroa dos reis godos na cabeça daquele que passava a ser o primeiro rei de Portugal. D. Afonso Henriques tinha acabado de vencer, no dia anterior, a Batalha de Ourique, contra povos muçulmanos, abrindo assim espaço para a conquista da região sul do Portugal atual.

Segundo relatos da História de Portugal, Afonso e seus cavaleiros venceram o exército muçulmano em inferioridade numérica, tornando-se a Batalha de Ourique numa das mais celebradas da idade média para os portugueses.

Dizem os historiadores que a “folia cristã” foi tanta com esta vitória que D. Afonso Henriques decidiu que seria proclamado rei dali em diante. E foi mesmo a partir dessa batalha que começou a usar o título Rex Portugallensis, o “rei dos portugueses”. 

Na sequência da batalha, Lourenço Viegas, filho de Egas Moniz, disse ao arcebispo para, caso fosse sua vontade, lhe dar a insígnia real, o que foi acedido pelo religioso. Terá sido na mesma altura que os cavaleiros, em conjunto com o recém-empossado rei, alçaram espadas para proclamar a independência do rei e de Portugal.

Em Guimarães, celebra-se o dia 25 de julho como o do aniversário do fundador da nação, mas a data não é consensual. Há apenas a certeza que foi nesse dia, 25, que se realizou a Batalha de Ourique e que no dia 26 D. Afonso Henriques se autoproclamou rei de Portugal.

Faz hoje 886 anos que d. Afonso henriques foi aclamado rei de portugal
Faz hoje 886 anos que D. Afonso Henriques foi aclamado rei de Portugal 7

Todavia, o primeiro documento onde o título de rei é atribuído ao monarca surge a 10 de abril de 1140. Já o reino de Leão e Castela, a que pertencia o condado Portucalense, apenas reconheceu o reino de Portugal entre 4 e 5 de outubro de 1143, mais de quatro anos depois da autoproclamação.

Mas faltava ser reconhecido como rei perante o Papa, algo que apenas aconteceu em 1179, quando a bula papal Manifestis Probatum, concedida pelo Papa Alexandre III, reconheceu D. Afonso Henriques como “intrépido destruidor dos inimigos dos cristãos, diligente propagador da fé, bom filho da Igreja e príncipe católico, exemplo digno de imitação para os vindouros”, reconhecendo também o reino de Portugal.

 
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