Foi a 17 de novembro que D. Manuel II, último Rei de Portugal, chegou a Viana do Castelo para a sua única visita oficial à cidade, local onde ficou dois dias com a sua “comitiva real” e onde visitou asilos, misericórdias e as igrejas e outros monumentos religiosos e históricos.
O momento é recordado num artigo publicado por Miguel Villas-Boas na Plataforma de Cidadania Monárquica, clamando que esta visita foi muito aclamada pelo povo minhoto, que proporcionou ao Rei uma “receção apoteótica”.
Chamado de “o Patriota” ou “o Desventurado”, Manuel II foi o último Rei de Portugal e dos Algarves, entre 1908 e 1910, data em que foi implementada a República Portuguesa, modelo governativo ainda hoje em vigor no nosso país. Manuel II era o segundo filho do rei D. Carlos, assassinado em Lisboa em conjunto com o seu irmão mais velho D. Luís Filipe, Príncipe Real.
“A população de todas as classes sociais do Alto Minho acorre a ver o novo Rei e proporciona-lhe uma recepção apoteótica. As belas minhotas trajadas à Vianense, mordomas e lavradeiras vestidas com os trajes tradicionais de cada freguesia da capital do Alto Minho lançam pétalas de flores ao Rei e progridem com a sua comitiva pelas principais ruas do Centro Histórico de Viana do Castelo”, descreve o autor.
Recorda que, à noite, foi oferecido ao monarca um banquete com “os altos dignitários e os representantes das distintas Famílias minhotas”. E, “ao fim da noite o Senhor Dom Manuel II é brindado com um deslumbrante espectáculo de fogo-de-artifício”.
“Sua Majestade Fidelíssima El-Rei Dom Manuel II de Portugal permaneceria os dias 17 e 18 de Novembro na região, onde receberia mais honras e privaria com o Povo e com alguns amigos da região cujos pais tinham prestado serviço no Paço ou ocupado pastas nos Ministérios no tempo de Seu Augusto Pai o Senhor Rei Dom Carlos I. No dia 19, El-Rei Dom Manuel II de Portugal regressou ao Porto”, conclui o texto.