A família da vítima de uma queda ocorrida esta sexta-feira, nas cascatas do Tahiti, no Parque Nacional da Peneda-Gerês, pondera processar a Câmara de Terras de Bouro e eventualmente o ICNF, por “alegadas omissões”.
A mulher, de 55 anos de idade e residente em Santarém, sofreu ferimentos graves, situação que causou uma onda de revolta face aos acidentes quase diários, estando, segundo apurou O MINHO, a ser reunidas diversas informações junto de outras vítimas, para uma ação judicial mais abrangente, que a concretizar-se, visará principalmente a Câmara de Terras de Bouro, mas também possivelmente o Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) / Ministério do Ambiente.
Mais de uma morte por ano em Terras de Bouro
Quanto a mortes, houve em média mais de uma por ano: entre 2012 e 2016, em 2018 registaram três vítimas mortais, em 2019 uma morte, em 2020 três mortes e só em 2017 não houve casos mortais, números que totalizam para já os doze falecimentos desde o ano de 2012, em cascatas, lagoas e rios, quase todos ocorridos no concelho de Terras de Bouro, onde há o maior fluxo de turistas, tendo ocorrido, só no município terrabourense, onze das doze mortes, já em toda a imensa área do Parque Nacional da Peneda-Gerês.
À exceção de uma morte, ocorrida em 2019, nas Sete Lagoas, em Montalegre, os restantes onze casos mortais verificaram-se todos em Terras de Bouro, nas freguesias de Rio Caldo, de Vilar da Veiga e do Campo do Gerês, quer na Albufeira da Caniçada, entre os rios Cávado e do Gerês, quer ainda nas Cascatas do Tahiti, do Arado e da Portela do Homem.