A criação de rotas temáticas inter-regionais, em áreas como o azeite ou o têxtil, é uma das apostas para este ano do grupo que está a dinamizar a Rede Portuguesa do Turismo Industrial. Famalicão é um dos municípios aderentes.
“Achamos que podemos construir vários roteiros temáticos, que juntem várias regiões, no azeite ou no têxtil, setores que existem em todo o país e que podem ser visitados”, disse hoje Teresa Ferreira, coordenadora do Grupo Dinamizador da Rede Portuguesa do Turismo Industrial.
Esta responsável, que é também diretora do Departamento de Dinamização dos Recursos Turísticos do Turismo de Portugal, falava à agência Lusa no final do III Encontro de Parceiros da Rede Portuguesa de Turismo Industrial, em Aljustrel (Beja), onde foi apresentado o “estado da arte” desta rede.
O grupo dedicado à Rede Portuguesa do Turismo Industrial é uma estrutura informal coordenada pelo Turismo de Portugal e que integra as cinco entidades regionais de turismo (ERT), assim como a Direção Regional de Turismo dos Açores, a Associação Portuguesa de Património Industrial e o Roteiro das Minas e Pontos de Interesse Mineiro e Geológico de Portugal.
A estes, juntam-se ainda a Fábrica Vista Alegre e a New Hand Lab – Associação Cultural, da Covilhã, assim como os municípios de São João da Madeira, Santa Maria da Feira e Vale de Cambra (todos no distrito de Aveiro), Vila Nova de Famalicão (Braga), Marinha Grande (Leiria), Santo Tirso e Vila do Conde (Porto).
Segundo Teresa Ferreira, a rede “tem vindo a crescer em recursos” ao longo dos últimos dois anos, contabilizando atualmente “216 parceiros”.
Em 2023, a rede promoveu a 2.ª edição da iniciativa “À Descoberta do Turismo Industrial”, além de ter marcado presença em eventos nacionais e internacionais.
“Houve um grande esforço [para] estar presente em diversos momentos, para consolidar o conceito” de turismo industrial, notou Teresa Ferreira, considerando que ainda existe “um longo caminho a percorrer”.
Para este ano, a estrutura tem prevista a 3.ª edição da iniciativa “À Descoberta do Turismo Industrial”, entre os dias 16 e 30 deste mês e cujo programa foi hoje apresentado.
Além disso, o grupo quer trabalhar na dinamização de parcerias internacionais com França e Itália, promover ações de formação executiva e realizar um inquérito de caracterização da rede.
“O desafio é consolidar, crescer e promover este segmento” turístico, concluiu Teresa Ferreira.
180 atividades este mês
Quase 180 atividades integram o programa da 3.ª edição da iniciativa “À Descoberta do Turismo Industrial”, apresentada hoje em Aljustrel (Beja) e que vai decorrer pelo país, entre os dias 16 e 30 deste mês.
O evento, promovido pelo Grupo Dinamizador da Rede Portuguesa do Turismo Industrial, vai realizar-se de norte a sul de Portugal continental e também nos Açores e inclui visitas a fábricas em laboração, a museus e a espaços que contam a evolução da indústria portuguesa.
“Pretende ser uma iniciativa muito orientada para o público português, de descoberta e divulgação de todo um conjunto de atividades e experiências que acontecem em recursos de turismo industrial”, explicou à agência Lusa a coordenadora do Grupo Dinamizador da Rede Portuguesa do Turismo Industrial, Teresa Ferreira.
De acordo com esta responsável, que é também diretora do Departamento de Dinamização dos Recursos Turísticos do Turismo de Portugal, a 1.ª edição desta iniciativa, em 2022, teve “cerca de 2.500 participantes no conjunto de 100 atividades”, número que, em 2023, aumentou para “4.000 participantes, com mais atividades”.
“Gostávamos muito que a agenda deste ano pudesse subir em número de participantes”, acrescentou.
A 3.ª edição da agenda “À Descoberta do Turismo Industrial” foi apresentada hoje, em Aljustrel, durante o III Encontro de Parceiros da Rede Portuguesa de Turismo Industrial.
Este ano, a iniciativa contará com um total de 179 atividades, das quais 82 na área de influência da Entidade Regional de Turismo (ERT) do Porto e Norte de Portugal.
Na região Centro estão previstas 51 atividades, enquanto no Algarve serão 22 e no Alentejo e Ribatejo 15.
O programa inclui ainda cinco atividades na área da ERT da Região de Lisboa e mais quatro nos Açores.
Para Teresa Ferreira, este tipo de atividades ligadas à indústria “tem tudo a ver com a identidade dos territórios”.
“São atividades que as comunidades reconhecem e uma maneira de descobrir determinadas regiões de outra forma”, frisou.
Além do mais, continuou, “a interação do turismo com outros setores de atividade também é muito importante como contributo do setor para o bem-estar das comunidades e para a atividade económica em geral do país”.