“Famalicão tem 96 milhões de euros de obras financiadas pela União Europeia em curso”

Mário Passos sublinha importância da UE
Foto: Rui Dias / O MINHO

O Dia da Europa está hoje a ser celebrado, em Vila Nova de Famalicão, com um conjunto de atividades promovidas pelo projeto Europe Direct, sediado no Instituto Politécnico do Cávado e do Ave (IPCA) em parceria com a Câmara Municipal e a Biblioteca Municipal Camilo Castelo Branco. À margem da conferência “40 Anos de Integração Europeia – Uma Construção com o Poder Local”, em declarações a O MINHO, Mário Passos destacou o volume das obras em curso no Município, com financiamento comunitário. O eurodeputado Paulo Cunha alertou para a importância crescente da União Europeia (UE) nas nossas vidas e António Cunha, presidente da Comissão Coordenadora de Desenvolvimento Regional – Norte (CCDR-N), apontou a importância das instituições europeias para a paz no continente.

O presidente da Câmara de Famalicão não tem dúvidas quanto à importância da Europa e só vê “sinal menos” na possibilidade de Portugal não estar integrado neste espaço. O autarca destacou os 60 milhões de euros que o Município captou do PRR, a que se somam mais 36 milhões de euros do Norte 2030. “No total, Famalicão tem 96 milhões de euros de obras financiadas em curso e, nas reprogramações que aí vêm, esperamos ir buscar ainda mais”, apontou.

Foto: Rui Dias / O MINHO
Foto: Rui Dias / O MINHO

Relativamente às forças políticas que são contra a União Europeia (UE), Mário Passos não encontra uma forma lógica de as explicar, “são forças que preferem cumprir uma ideologia”. O autarca propõe “um exercício muito simples”: subtrair aos municípios portugueses aquilo que a Europa trouxe e “percebe-se que não haveria vantagem nenhuma em não estar na UE, zero”.

União Europeia vai ser “cada vez mais” importante

O eurodeputado Paulo Cunha, lembrou que “a Europa tem cada vez mais importância nas nossas vidas, muito maior do que tinha quando entramos”. Aos que dizem que a Europa é uma coisa distante, o deputado ao Parlamento Europeu lembra que , “os cidadãos podem não saber o que se passa na Europa, mas veem o que se passa aqui e que é produto da UE”.

Paulo Cunha afirma que estes primeiros dez meses no Parlamento Europeu, “serviram para consolidar esta ideia de que a UE é extremamente importante para o nosso futuro e há de ser mais no futuro, pelas questões ambientais, militares, energéticas e humanitárias. A própria questão da habitação, é também um tema que nos faz pensar que a União Europeia será ainda mais importante no nosso futuro e não será em 20 anos, é já nos próximos dois anos. 

Foto: Rui Dias / O MINHO

O eurodeputado reconhece que há um caminho de aproximação entre as instituições europeias e os cidadãos que é preciso percorrer. “A UE tem que se aproximar mais dos cidadãos, mas as pessoas também têm de estar mais interessadas no que se passa na Europa”, referiu. Paulo Cunha reserva a sexta-feira para trabalho no terreno que considera muito importante. “Visito escolas com frequência e digo aos alunos para nos seguirem nas redes sociais, não só a mim, preferencialmente aos 21 eurodeputados portugueses, ou mesmo aos 720 que constituem o Parlamento Europeu”, referiu. 

Foto: Rui Dias / O MINHO

O Dia da Europa é comemorado anualmente a 9 de maio, assinalando o aniversário da “Declaração Schuman”, uma proposta feita, em 1950, por Robert Schuman, ministro dos Negócios Estrangeiros francês, que lançou as bases da cooperação europeia. A 18 de abril de 1950 foi formada a Comunidade Europeia do Carvão e do Aço que, como frisou António Cunha, presidente da CCDR-N, lançou os fundamentos para a criação da Comunidade Económica Europeia (CEE) – a que Portugal aderiu a 12 de junho de 1985 – e da Comunidade Europeia da Energia Atómica (Euratom), em 25 de março de 1957 (Tratado de Roma). António Cunha frisou a importância destas instituições para um período de 75 anos de paz na Europa. “O desenvolvimento económico, embora instrumental, é fundamental para a preservação da paz”, sublinhou.

 
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