Famalicão quer ser o “centro nevrálgico do pensamento empresarial”

A câmara de Famalicão lançou esta quarta-feira um projeto dedicado ao mundo empresarial que inclui a realização de fóruns, um livro e um concurso de atos empreendedores solidários, sendo objetivo tornar o concelho o “centro nevrálgico do pensamento empresarial”.

“Queremos ser uma força de ignição de riqueza e ambição empresarial. A câmara não tem vocação empresarial mas pode fazer muito criando um ambiente favorável aos projetos e investimentos”, disse o presidente da autarquia, Paulo Cunha, acrescentando que o projeto é “de enorme utilidade para quem se quer atrever no mundo empresarial”, uma vez que vai focar temáticas como gestão, marketing, inovação e internacionalização.

Com o nome “Empresariato”, o projeto apresentado hoje já tem uma iniciativa marcada para 10 de dezembro, uma Batalha Criativa que vai juntar na Continental Mabor – empresa que é a principal exportadora de Famalicão e quinta no país, estando neste concelho há 25 anos – criativos, empreendedores.

O projeto vai prolongar-se em 2016, ano em que a internacionalização será o tema e Miguel Cadilhe o presidente da iniciativa que promete envolver o mundo empresarial e académico, bem como as artes.

Outra das vertentes do “Empresariato” é o concurso de Atos Empreendedores Solidários X ATO que vai dar aos alunos do 12.º ano a missão concelho de desafiar empresas de Famalicão a implementarem projetos solidários inovadores junto de instituições e/ou famílias com um orçamento inferior a 2.000 euros.

Os vencedores deste concurso terão como prémio o pagamento de um ano de propinas em cursos ligados à Cooperativa de Ensino Superior Politécnico Universitário ou Universidade Lusíada, duas instituições de ensino superior com instalações neste concelho.

O projeto também inclui a realização de um livro que incluirá estudos sobre empresas de Famalicão, bem como de outras empresas do país, uma obra que, além de estar à venda no mercado livreiro regular, será apresentada nas universidades.

“Será um manual prático sobre o mundo empresarial. Notamos que existe uma lacuna nacional nesta área. Os alunos, nas universidades, têm de recorrer a estudos empresariais de empresas internacionais, mas assim terão a possibilidade de estudar casos portugueses”, disse Manuel Andrade, um dos responsáveis pela iniciativa.

O primeiro ano do “Empresariato” terminará com um fórum empresarial, no qual será lançado o tema e programa do ano seguinte, bem como analisados os casos de sucesso de internacionalização portuguesa, como o fado, o futebol, a gastronomia ou os vinhos.

“Queremos que o emprego continue a crescer em Famalicão. A nossa ambição não é quantitativa mas qualitativa. Que o crescimento não seja apenas de postos de trabalho com massas salariais baixas, mas de aposta na qualificação dos recursos e nas condições laborais”, concluiu Paulo Cunha.

 
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