O concelho de Famalicão é o único em toda a região do Minho acima do limite para desconfinar (mais de 120 novos casos em 100 mil), revela o boletim epidemiológico da DGS emitido esta sexta-feira.
Como o primeiro-ministro já tinha alertado ontem, Famalicão (e outros doze municípios no resto do país) encontra-se em “zona de risco” e poderá ‘retroceder’ daqui a 15 dias, quando for feita nova avaliação, caso ainda se mantenha na mesma “zona”.
Os restantes concelhos do Minho mantêm-se afastados desse limite, embora a maioria – nove – tenha registado aumentos.
No distrito de Braga, segundo os dados de incidência cumulativa referentes ao período entre 31 de março e 12 de abril, Póvoa de Lanhoso e Vizela desceram, Vila Verde, Celorico de Basto e Vieira do Minho mantiveram os mesmos números e os restantes registaram subidas.
As taxas são as seguintes: Braga (36 por 100 mil habitantes), Guimarães (55), Barcelos (63), Famalicão (125), Vila Verde (45), Amares (44), Póvoa de Lanhoso (14), Vieira do Minho (34), Fafe (58), Esposende (79), Vizela (25), Celorico de Basto (58), Terras de Bouro (16) e Cabeceiras de Basto (90).
Também no Alto Minho a maioria – seis – dos concelhos registou subidas, tendo-se verificado ligeiras descidas em Caminha, Monçãoo e Melgaço. Paredes de Coura manteve-se igual.
Assim, no distrito de Viana registam-se as seguintes taxas de incidência por 100 mil habitantes: Viana do Castelo (76), Cerveira (56), Caminha (50), Ponte da Barca (89), Monção (22), Arcos de Valdevez (48), Melgaço (49), Paredes de Coura (12), Ponte de Lima (31) e Valença (75).
Segundo a nota metodológica do boletim epidemiológico, a incidência cumulativa a 14 dias de infeção por SARS-CoV-2/ COVID-19 corresponde ao quociente entre o número de novos casos confirmados nos 14 dias anteriores ao momento de análise e a população residente estimada, por concelho, a 31 de dezembro de 2019, pelo Instituto Nacional de Estatística, IP, expressa em número de casos por 100.000 habitantes.
Portugal avança segunda-feira para a 3.ª fase do desconfinamento
Portugal avança na segunda-feira para a terceira etapa do desconfinamento com o regresso às aulas presenciais no secundário e no ensino superior e com a reabertura de lojas, restaurantes e cafés, mas 10 concelhos não acompanham esta nova fase.
A decisão da generalidade do país avançar para a próxima fase do processo de desconfinamento foi anunciada pelo primeiro-ministro, António Costa, após o Conselho de Ministros de quinta-feira que analisou a evolução da pandemia da covid-19 nas últimas duas semanas.
Na quinta-feira, António Costa anunciou que quatro concelhos vão recuar à primeira fase do desconfinamento e que outros sete permanecem na fase atual, a segunda, mas uma revisão em baixa da incidência de casos em Beja divulgada hoje pela Direção-geral da Saúde (DGS) permitirá a este concelho avançar no desconfinamento com a generalidade dos 278 concelhos do país.
O plano de desconfinamento do Governo prevê quatro fases, duas já implementadas a 15 de março e a 05 de abril, estando a próxima prevista para 19 de abril e a última para 03 de maio.
Na segunda-feira, Portugal entra no seu o 15.º estado de emergência no contexto de pandemia de covid-19.