A Câmara de Vila Nova de Famalicão apresentou para 2020 um orçamento de 111 milhões de euros, destacando-se o investimento na Educação e Coesão Territorial, documento que será votado na Assembleia Municipal no dia 29.
Com o mote “Promover a Educação de Sucesso para Todos”, o Plano e Orçamento de 2020 de Famalicão, aprovado já pelo executivo camarário liderado por Paulo Cunha (PSD/CDS-PP), pretende “consolidar” a posição do município como território acolhedor de pessoas e investimento, com o capítulo “Educação e Conhecimento” a ser “o maior” Grandes Opções do Plano”.
O Plano e Orçamento de 2020 foi aprovado em reunião extraordinária do executivo a 04 de novembro, com o voto favorável da maioria CDS-PP e com contra do PS, que considerou o documento “um somatório do exercício de gestão corrente mais umas obras há muito anunciadas”.
Na mensagem de abertura do documento, Paulo Cunha afirma que o objetivo é “consolidar Vila Nova de Famalicão como um território cada vez mais moderno, inclusivo, sustentável e inteligente, dotado de uma governança eficiente e participativa, capaz de acolher todos e de a todos oferecer a oportunidade de uma vida digna e feliz”.
O líder da concelhia do PS, Rui Faria, explicou à Lusa que para os socialistas as opções de Paulo Cunha podem levar “a um abismo” o município: “Assinalamos o endividamento a que o município se está a submeter, mais o elevado aumento da despesa, para o qual o PS tem vindo a alertar e a câmara a fazer ouvidos mucos”, enumerou Rui Faria.
O PS “entende que o Orçamento e as Grandes Opções do Plano não sendo uma tragédia também não são motivo para entusiasmo”, disse.
O Orçamento autárquico prevê um investimento de 15,5 milhões de euros na Educação, quer “material, de que é exemplo a evolução do programa de modernização do parque escolar do concelho”, quer “imaterial, com a dinamização dos mais variados projetos de promoção da aprendizagem ao longo da vida”.
A autarquia salienta que uma das “grandes prioridades do próximo ano em Famalicão” é a coesão social e a governança do território, “traduzidas em ações concretas de descentralização cultural, na aposta na autonomia das Juntas de Freguesia e na capacidade de realização das Comissões Sociais Interfreguesias”, onde estão todas as associações e movimentos de Vila Nova de Famalicão, com as suas agendas e dinâmica de realização.
No capítulo da renovação urbana, as Grandes Opções do Plano e Orçamento apontam para a concretização de um “investimento histórico” no âmbito da renovação urbana, com o novo mercado municipal e um novo espaço cultural, em Riba de Ave.
O próximo ano será também o ano de início do processo de uma “verdadeira transformação urbana para os modos de mobilidade suaves com o arranque da construção de uma rede de ciclovias intraurbana e da conclusão da via ciclável e pedonal com 10 quilómetros de extensão no antigo canal ferroviário que ligava Famalicão à Póvoa de Varzim.
“Será um ano de grandes investimentos materiais, que se vão somar ao forte investimento imaterial previsto para o programa de governança do território, para os projetos de descentralização cultural, para a promoção de uma Educação para Todos, e de Mais e Melhores Anos para os seniores, para além dos inúmeros projetos e ações sociais de apoio aos mais desfavorecidos do concelho”, refere no texto o autarca.
O documento será submetido à aprovação da Assembleia Municipal dia 29 de novembro.