A central térmica a biomassa florestal que está a nascer em Famalicão, num investimento de 30 milhões de euros, contribuirá para “reduzir acentuadamente” o risco de incêndios florestais à volta do concelho, considerou, esta sexta-feira, a câmara municipal.
Em comunicado, a autarquia de Vila Nova de Famalicão conta que o secretário de Estado da Energia, Jorge Seguro Sanches, bem como o presidente da câmara famalicense, Paulo Cunha, visitaram quinta-feira a obra que entrará em funcionamento no início de 2017.
“Uma nova central térmica a biomassa florestal, que está a ser construída na freguesia de Fradelos, vai consumir 18 toneladas por hora de biomassa florestal que é constituída pela fração biodegradável dos produtos gerados na floresta e pela matéria orgânica residual gerada nos processos das indústrias de transformação da madeira“, indica a nota da câmara.
São 432 toneladas diárias de resíduos florestais que vão servir para produzir 14,75 megawatts de energia por hora que será debitada para a rede pública.
Em causa está um projeto da empresa Transfradelos e em julho o responsável pelo investimento, Avelino Reis, disse que, além das quase três dezenas de postos de trabalho diretos que a central térmica irá gerar, é expectável que sejam criados “muitos postos de trabalho de forma indireta“.
As obras para construção de novas instalações na zona de Fradelos que acolherão as caldeiras e geradores deverão terminar no final do ano, altura em que a nova central térmica a biomassa florestal entrará num período de 60 dias de testes.
“Imaginamos que esteja a pleno valor, a 100%, em fevereiro do próximo ano”, indicou Avelino Reis, ligado há 34 anos a investimentos na área florestal e madeiras.
Mas enquanto decorre a empreitada, e de acordo com a nota camarária divulgada esta sexta, “a empresa já iniciou o processo de recolha de biomassa tendo já nas suas instalações perto de 40 mil toneladas de resíduos florestais à espera de serem transformados em energia”.
“Trata-se de um projeto importante para o país na área das energias renováveis”, refere, a propósito, Paulo Cunha destacando “o importante impacto económico e social na região”, bem como “o aproveitamento dos resíduos florestais”.
O autarca salientou que assim o projeto “contribuirá para uma maior limpeza das matas e para a redução do risco de incêndios florestais”.
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