Crianças e jovens portadores de deficiência que frequentam o Agrupamento de Escolas de Pedome, no concelho de Famalicão, estão impedidos de comparecer às aulas por falta de transporte escolar, disse hoje o coordenador do Movimento Cidadão Diferente (MDM), Miguel Azevedo.
Para além da escola famalicense, estão na mesma situação alunos de agrupamentos escolares da Maia (Águas Santas) e de Lisboa (Benfica e Queluz).
Considerando a situação “insustentável”, o movimento alerta que os alunos se “encontrarem em casa desde o encerramento das atividades letivas, em março”, devido à covid-19, “sem quase apoio nenhum” e “muitos deles regrediram” na sua evolução cognitiva.
Em comunicado, o MDM informou ter “feito chegar a sua preocupação na quarta-feira de manhã ao Secretário de Estado Adjunto da Educação, João Costa” e que “não obteve ainda resposta”.
Citando as “respostas dos Agrupamentos de Escolas aos pais”, o MDM dá conta de queixas de “falta a autorização da Direção-Geral dos Estabelecimentos Escolares” e de que “os concursos só foram realizados a semana passada e não sabem quando irão disponibilizar os transportes”.
Idêntica situação vivida no AE Diogo Cão, em Vila Real, segundo Miguel Azevedo, “foi, por agora, ultrapassada, com a câmara a assegurar o transporte dos alunos de e para as aulas”.
A Lusa tentou obter uma resposta do Ministério da Educação, mas até ao momento não foi possível.