A Câmara de Fafe pretende plantar 50 mil árvores autóctones até 2025, anunciou a autarquia a propósito do Dia Mundial do Ambiente, que se assinala no domingo.
O projeto “Florestar Fafe” resulta de “uma efetiva preocupação do município relativamente ao ambiente e à sustentabilidade” e contará com o apoio da Lions Club de Fafe e da Associação Empresarial de Fafe, Cabeceiras de Basto e Celorico de Basto.
Em comunicado, a Câmara de Fafe explica que a iniciativa será igualmente aberta à participação de empresas, sendo que a cada uma das entidades que venham a contribuir para este projeto de reflorestação será emitido um certificado, com identificação do ano da plantação, da quantidade de árvores plantadas e da quantidade de CO2 sequestrado por ano. Ainda neste seguimento, toda a comunidade escolar será envolvida nos vários momentos de “Florestar Fafe”, desde a preparação do terreno, plantação, ações de manutenção e limpeza e ações de educação para a sustentabilidade.
Raul Cunha, vereador do Ambiente, citado em comunicado, destaca alguns dos efeitos da plantação de um tão elevado número de árvores no concelho: “Ao longo das últimas décadas, o nosso território, tal como tantos outros com as mesmas caraterísticas, sofreram os efeitos de uma floresta não gerida, da desestruturação e abandono do mundo rural, e de um regime de propriedade privada de minifúndio, pelo que está na hora de contrariar esta situação. Além disso, a autarquia irá proceder ao levantamento georreferenciado das suas propriedades, para os registar no âmbito do Balcão Único do Prédio, e aproveitará esse facto para definir os locais de plantação.”
Acrescenta ainda: “Deve ser relembrado que as florestas em desenvolvimento permitem o sequestro natural de 150 a 200 toneladas de carbono por ano, e por hectare, contrariando assim o aumento da concentração de gases com efeito de estufa na atmosfera, uma das principais causas das alterações climáticas. A par disso, todos os cenários projetados a médio prazo para a Península Ibérica, no contexto das alterações climáticas, preveem uma diminuição da precipitação e um aumento das ondas de calor, o que eleva de forma exponencial o risco de incêndio”.
Concluindo, o vereador afirma ainda que “os bosques formados por folhosas autóctones mantêm no seu interior um microclima mais fresco e húmido nos meses de Verão, pelo que não ardem com tanta facilidade e oferecem resistência à propagação dos incêndios. Posto isto, só consigo apontar vantagens e benefícios e, nesse sentido, avançaremos com este projeto”.