Fafe candidata Festa da Nossa Senhora de Antime a Património Cultural Imaterial

“Passo indispensável para iniciar um caminho que poderá culminar na consagração pela UNESCO”
Fafe candidata festa da nossa senhora de antime a património cultural imaterial
Procissão em Fafe. Foto: Ivo Borges / O MINHO

A Câmara de Fafe apresentou, esta sexta-feira, a Candidatura da Festa em Honra de Nossa Senhora de Antime a Património Cultural Imaterial.

Inserida numa candidatura, financiada pelo PROVERE (Programa de Valorização Económica de Recursos Endógenos), a coordenação deste processo de candidatura estará a cargo do Prof. Jean-Yves Durand, professor auxiliar na Secção de Antropologia da Universidade do Minho (Braga) e membro do CEAS (Lisboa) e do IDEMEC (Institut d’Ethnologie Méditerranéenne, Européenne et Comparative, Aix-en-Provence).

Em comunicado, a autarquia explica que “esta iniciativa dá resposta ao desafio lançado pelo Decreto-Lei n.º 139/2009, de 15 de Junho, que estabelece, de forma pioneira, um sistema de inventariação através de uma base de dados de acesso público, o INPC, que permite a participação das comunidades, dos grupos ou dos indivíduos na defesa e valorização do património cultural imaterial, designadamente do património que criam, mantêm e transmitem”.

A iniciativa, que decorreu, na Igreja Paroquial de Antime, contou com a presença do presidente da Câmara de Fafe, Raul Cunha, do arcipreste de Fafe, José António Carneiro, do pároco da freguesia de Antime, Alfredo Saleiro, da Presidente de Junta de Antime e Silvares São Clemente, Isaura Nogueira, e de Jean-Yves Durand, professor auxiliar na Secção de Antropologia da Universidade do Minho.

Raul Cunha, presidente da Câmara de Fafe, citado no comunicado, agradeceu o contributo de todas as associações e da comunidade para este trabalho na valorização das Festas do Concelho e explicou que “este projeto, financiado por fundos comunitários, procura valorizar o que é nosso, o Minho enquanto região com um conjunto de características que nos diferencia do resto do país, não só do ponto de vistas das festas e romarias, mas também da gastronomia, do território e das tradições”.

“Este é um passo indispensável para iniciar um caminho que poderá culminar na consagração pela UNESCO, reconhecendo uma Festa com séculos de tradição e vivida e sentida atualmente por toda a comunidade”, acrescenta o autarca.

Raul Cunha afirmou que “as Festas em Honra de Nossa Senhora de Antime são hoje uma manifestação cultural com muita força no concelho e que reúne o carinho de todos os fafenses. Nelas preservamos a tradição, mas damos um toque de inovação e modernidade”.

“Espero que todos nos possamos empenhar neste projeto, dar o nosso contributo e esperar que seja reconhecido o valor de património imaterial cultural que estas festas acarretam”, disse, acrescentando ainda que “esta candidatura permitirá a salvaguarda deste património cultural imaterial e a sua inventariação, obedecendo a um conjunto de princípios e compromissos”.

“Esta iniciativa é a única forma de proteção legal do PCI juridicamente válida a nível nacional e consiste na inscrição de uma expressão imaterial no Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial, constituindo, por isso, uma valorização e uma perpetuação do que é nosso”, aponta.

Esta inventariação consiste no levantamento participado, sistemático, atualizado e tendencialmente exaustivo das manifestações do património cultural imaterial de modo a permitir o respetivo inventário.

 
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