O prédio que alberga a empresa de acabamentos têxteis BeStitch, em Lordelo, Guimarães, está atualmente em leilão eletrónico até ao final de maio por um valor base a rondar os 2,6 milhões de euros. Trata-se de uma confecção que despediu recentemente 60 trabalhadores e que tem outros 200 ao seu encargo.
No ‘site’ e-leilões, consultado hoje por O MINHO, pode ler-se que no pacote de leilão está integrado o prédio urbano composto de edifício de rés-do-chão, andar, anexo e logradouro, destinada a industria, com a área total de 17550 m2, sito no Lugar da Quinta de Mide, da freguesia de Lordelo, concelho de Guimarães.
Desconhece-se se os novos compradores – caso existam – vão assumir os funcionários antigos, sendo que muita da maquinaria ainda se encontra nos pavilhões, a ETAR continua a funcionar e os escritórios não foram desmantelados, indicando que a fábrica ainda trabalha enquanto espera por novos donos.
O valor de abertura deste leilão é de 1,3 milhões, mas o valor base atribuído pelo agente de execução é de 2,6 milhões de euros, com um valor mínimo de venda de 2,2 milhões de euros. Pelas 17:30 desta terça-feira, ainda não foi apresentada nenhuma proposta.
A insolvência da HCor – Sociedade Unipessoal, cujo único sócio-gerente é Rui Machado, proprietário da BeStitch, foi decretada pela unidade orgânica de Guimarães do Tribunal de Braga, através do juízo de execução (juiz 1) e o leilão eletrónico teve início em 21 de abril.
A cerimónia de encerramento do leilão decorre a 28 de maio no Palácio da Justiça do Porto.
Em agosto de 2023, foi comunicado o despedimento de 60 trabalhadores e o não pagamento do subsídio de férias a outros 200.
Nas redes sociais, o gerente reagiu no final do ano passado indicando que, nesse ano, houve uma “quebra de procura na ordem dos 60% em relação ao período homólogo de 2022”, culpando Rússia, Banco Central Europeu, Banco do Fomento e até o PRR.
Fundada em 2003, a empresa desenvolve produtos para a casa, com estruturas como cânhamo, lã, seda, algodão e bamboo.