Fábrica de Paredes de Coura ‘renasce das cinzas’ após violento incêndio e já trabalha para a Mercedes

Doureca espera faturar 25 milhões

Atingida, há dois anos, por um violento incêndio que destruiu metade da sua fábrica no parque empresarial de Formariz, em Paredes de Coura, a Doureca, empresa de componentes plásticos para o setor automóvel, ‘renasceu das cinzas’ e já está a trabalhar com a Mercedes, através da também alemã Bosch, devido à aposta em materiais completamente sustentáveis.

A empresa, do grupo francês Dourdin, “está a relançar o negócio do qual é ‘um dos dois ou três melhores da Europa na metalização de plástico’ para decoração automóvel”. “Depois do enorme esforço de reconstrução após o incêndio no início de 2021 e ultrapassado o mau período na sequência da covid-19, com paragem laboral e escassez de matérias-primas, agora a unidade de Paredes de Coura abraça o futuro reinventando processos com materiais completamente sustentáveis que lhe valeram o reconhecimento das alemãs Bosch e, mais recentemente, a Mercedes”, refere a empresa em comunicado enviado a O MINHO.

“Abre uma nova região, a Alemanha, com uma marca de topo”, reconheceu Rui Lobo, diretor geral da Doureca, citado no comunicado.

Foto: DR
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O responsável estima que, com este passo, os ganhos da empresa possam subir 10%, estimando em cerca de 25 milhões de euros o volume de negócios numa unidade que até agora dedicava maioritariamente a sua produção para os universos PSA, Renault e Volvo (camiões).

Esta quinta-feira, a Doureca promove um ‘tech day’ com demonstração de todos os produtos plásticos e metálicos, bem como todas as técnicas e processos de decoração automóvel. “Toda a tecnologia que o grupo está a desenvolver ou em fase de inovação”, acrescenta Rui Lobo, explicando que a metalização do plástico que se faz com o recurso ao crómio VI [crómio seis] vai ser substituída por um processo mais sustentável, dado que aquele componente vai ser interditado nalguns processos industriais.

Metade da fábrica de plásticos de Paredes de Coura salva das chamas

“Reinventamos um pouco e apenas tivemos de adaptar uma linha de produção”, vinca Rui Lobo, manifestando orgulho pelo trabalho desenvolvido pela sua equipa de 280 trabalhadores e que viu o reconhecimento da Bosch.

“Posteriormente surgiu a oportunidade de entrar num processo maior e os técnicos da Bosch e Mercedes deram luz verde para avançar”, conclui o diretor geral desta empresa que labora há 35 anos em Portugal, num grupo com outras unidades produtivas em França, Roménia e Turquia.

 
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