A Fábrica Confiança pode mesmo vir a ser transformada em residência universitária com 600 camas, estando agora dependente da aceitação da candidatura, em setembro, ao Plano de Recuperação e Resiliência – ao financiamento da conhecida ‘bazuca’ de dinheiros provenientes da União Europeia.
Ao que O MINHO apurou, a decisão ficou estabelecida na passada segunda-feira, após reunião entre Ricardo Rio (presidente da Câmara de Braga), Rui Oliveira (presidente da Associação Académica da UMinho), Vieira de Castro (reitor da UMinho) e Ricardo Silva (presidente da Junta de S. Víctor).
Rui Oliveira explicou que o projeto vai custar “entre 18 e 20 milhões de euros”, estando a ser preparado o estudo arquitetónico, que prevê a manutenção da fachada e de alguns equipamentos fabris.
Para além dos quartos para os estudantes, o projeto aponta a inclusão de restaurante, ginásio, spa e salas de trabalho e de lazer.
“Há falta de camas, em residências e no arrendamento, para os universitários que vêm de fora, mas há projetos dos municípios de Braga e de Guimarães, que se espera que o Governo aprove. É esse o nosso apelo”, disse, relembrando protestos recentes de estudantes no país por causa da falta de habitação.
O edifício foi adquirido pelo município no tempo da gestão de Mesquita Machado (PS), e esteve à venda no passado ano por 3,6 milhões de euros. Mas a hasta pública ficou deserta.
O movimento de cidadãos ‘Salvar a Confiança’, que pretende a recuperação do espaço para fins culturais, impugnou judicialmente a operação de venda, o que terá afastado os investidores.
Depois disso, Ricardo Rio falou com a Universidade, para que o velho prédio fosse adaptado a residência, o que agora se torna possível através do PRR.