A indústria automóvel representou, em 2017, 46% das exportações de Vila Nova de Famalicão e 9,4% do total nacional, tendo atingido no concelho um volume de negócios de 1.066 mil milhões de euros, anunciou esta quinta-feira a autarquia famalicense.
Daqui, e apesar do anúncio se focar nas exportações daquela indústria em particular, resulta que o concelho do vale do Ave, maior exportador da região Norte do país e terceiro a nível nacional, exportou 2.317 mil milhões de euros no total.
Mais: se pegarmos nos números do Produto Interno Bruto desse ano, que, segundo o INE é de 194.613 mil milhões, retira-se que a riqueza criada no país com as exportações made in Famalicão representa 1,2% do PIB (dados de 2017).
Voltando ao setor automóvel: em comunicado, a autarquia de Famalicão salienta que as empresas especializadas no fabrico de componentes fazem do setor “o principal dínamo exportador do concelho”, segundo os dados do mais recente Anuário Estatístico Regional do Instituto Nacional de Estatísticas.
Segundo aquele documento, as vendas de Famalicão para mercados internacionais atingiram os 920 milhões de euros (8,9% do total nacional), sendo a Alemanha o principal mercado de destino, seguido de Espanha e do Reino Unido.
Os indicadores do INE apontam ainda que a indústria automóvel representa 22% do volume de negócios do concelho e dá emprego a 5206 pessoas, contabilizando 40 empresas e 473 milhões de euros de Valor Acrescentado Bruto.
Relatório antecipa desaceleração das exportações na região Norte em 2019
A autarquia destaca que “da metalurgia aos moldes, passando pelo fabrico de pneus e outros elementos em borracha e plástico, até aos têxteis e à eletrónica, são cada vez mais as pequenas e médias empresas famalicenses produtoras de componentes para automóveis que acrescentam valor a um setor estratégico, que exporta, gera emprego, incorpora tecnologia de ponta e aposta na inovação e no desenvolvimento”.
A Continental Mabor, quarta exportadora nacional, continua a ser a empresa que mais contribui para aqueles dados, mas, refere o texto, “o seu peso está a diminuir no volume das exportações do concelho” com “outros ‘players’ de referência nacional e internacional” a formarem “um cluster com forte impacto na economia nacional, com destaque para a TMG Automotive, a Coindu, a Olbo&Mehler, o Grupo Celoplás, a Tesco, a Vishay e a Injex”.