Uma explosão numa pirotecnia, esta tarde de terça-feira em Vila Verde, fez uma vítima mortal. Ramiro Torres, de 51 anos, não sobreviveu quando o paiol onde estava, subitamente, explodiu e ficou reduzido a escombros.
Tudo aconteceu na Rua de Carreira, na freguesia de Azões, e no preciso local onde Ramiro Torres havia sofrido há 30 anos – a 8 de agosto – uma grave queimadura fruto de idêntico acidente.
Ramiro Torres estaria num paiol a colocar pólvora em foguetes quando se deu o acidente, sendo que no local – a empresa tem 17 paióis – estavam sete dos 17 trabalhadores da Piromagia.
Esta não é a primeira vez que a família Torres sofre vítima mortais. No ano de 1976 aconteceu uma das maiores tragédias de Vila Verde e da região de Braga, quando uma explosão matou cinco pessoas na Piromagia, duas das quais menores e irmãs de Ramiro Torres.
Polícia Judiciária de Braga, GNR e ACT investigam o que se terá passado no interior da Piromagia, mas os bombeiros confirmam que a empresa tinha tudo em ordem.
“Esta é uma empresa rigorosa no cumprimento das normas de segurança. Tinha tudo em ordem. Terá sido essa segurança que evitou danos ainda maiores, pois a explosão ficou confinada aquele local do paiol”, disse ao O MINHO Luís Morais, adjunto de comando dos Bombeiros Voluntários de Vila Verde, que no terreno, e no socorro, tive 15 elementos.
“Bombeiros de Vila Verde, Barcelinhos, SIV de Ponte de Lima, assim como as autoridades da GNR, PJ e PSP”, frisou Luís Morais, acrescentando que a vítima teve “morte imediata” e não houve feridos.
A família de Ramiro Torres, nomeadamente a esposa e filhas (11 e 17 anos), estavam em choque, sendo que a Câmara de Vila Verde providenciou de imediato apoio social e psicológico.
“Temos os nossos serviços a prestar ajuda aos familiares. É uma situação dramática para esta empresa. Sabemos que é uma atividade perigosa e que nesta altura do ano têm muito trabalho. Mas esta é uma empresa responsável e as autoridades vão tentar perceber o que se passou”, referiu António Vilela, presidente da Câmara de Vila Verde, que esteve no local.
Na Piromagia trabalham primos e irmãos de Ramiro Torres, sendo que Albino Torres é o dono da empresa de cariz familiar e uma das mais antigas da região.