O executivo PSD/CDS/PPM de Braga, liderado por Ricardo Rio, já gastou, desde 2013, quase 50 milhões de euros com o Estádio Municipal de Braga, apelidando-o agora de “obra esquecida”.
Num ‘desabafo’ publicado esta manhã de quarta-feira nas redes sociais, o presidente da Câmara destaca um critério “estreitamente orçamental” para apontar a obra do estádio como a que “mais recursos” levou à autarquia.
Esta publicação surge depois do edil ter questionado os munícipes sobre qual seria a obra que mais destacavam ao longo dos últimos oito anos de liderança autárquica da coligação de centro-direita.
Ricardo Rio destacou as obras do Mercado Municipal, a reabilitação do Altice Forum e de outros espaços públicos e de lazer, as obras nas vias rodoviárias, nos parques da Rodovia, no monte do Picoto, na Pousada da Juventude, ou nas Sete Fontes.
Mas, para o autarca, a “obra destes mandatos” é “aquela em que mais recursos foram gastos neste período (e todas as outras referidas estão pagas, salvo acertos de valores em discussão)”.
Ricardo Rio sublinha que, entre finais de 2013 e 2021, a obra em que este executivo mais investiu “foi uma que não serve para os adeptos e é um entrave para o crescimento do Braga, porque não foi construído para a vertente desportiva e para a emoção do que é um jogo de futebol”.
“O estádio foi construído para ganhar prémios de arquitetura, como bem disse recentemente o presidente do Sporting Clube de Braga”, acrescentou o edil.
“Em concreto, entre 2013 e 2021, este Executivo gastou cerca de 49 milhões, 109 mil euros com o novo Estádio Municipal de Braga, entre amortizações de empréstimos, pagamento de juros, reparação de ancoragens, pagamento de sentenças judiciais e obras de manutenção”, assinalou.
“A curto prazo, deve ser esclarecido o desenlace de dois outros processos judiciais, que importam em 15 milhões de euros para os cofres municipais”, revelou.