Um ex-recluso que se encontra libertado “em fim de pena” do Estabelecimento Prisional de Guimarães é um dos envolvidos no cenário de pancadaria ocorrido na passada sexta-feira na central de camionagem de Guimarães, entre dois homens, um vigilante de uma empresa de segurança privada e um empresário.
A confirmação foi dada a O MINHO esta terça-feira pelo Centro de Competências de Comunicação e Relações Externas da Direcção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais (DGRSP), descartando aquele organismo, no entanto, quaisquer responsabilidades.
De acordo com a edição impressa desta terça-feira do Jornal de Notícias, os dois indivíduos filmados durante agressões com o vigilante são “presos” que se encontravam no primeiro dia de precária. No entanto, a DGRSP só confirma a situação de ex-reclusão de um dos intervenientes.
Em resposta ao nosso jornal, a direção diz estar “a par das imagens que correm nas redes sociais, nas quais é reconhecível um ex recluso (libertado em fim de pena) do Estabelecimento Prisional de Guimarães”.
Sobre a identificação do mesmo, a DGRSP invoca a obrigação legal ao dever de reserva relativamente à situação jurídica penal e prisional das pessoas postas à sua guarda.
Relembra ainda que situações de desordem na via publica são da competência dos órgãos de polícia criminal, “sendo que todos os factos formalmente reportados a esta Direção Geral e relativos a reclusos são tratados em conformidade com as disposições legais em vigor”.
Ainda segundo o Jornal de Notícias, a confusão teve origem na recusa da utilização de máscara dentro daquelas instalações por parte de um dos envolvidos. Relata o jornal que os dois homens envolvidos já tinham sido expulsos uma primeira vez depois de causarem distúrbios.
Conforme se pode assistir no vídeo que corre nas redes sociais, que começa quando os dois homens regressam ao interior da central de camionagem, um deles apresentava marcas de sangue na cara, pelo que se deduz que terá sido atingido anteriormente.
Segue-se então cerca de dois minutos de cenas de pancadaria entre o ‘segurança’ e os dois homens, que acabam novamente expulsos do interior das instalações. Desta vez, juntou-se a eles um proprietário de um estabelecimento sediado naquele local, tomando partido pelo segurança.
De acordo com o Guimarães Digital, do Grupo Santiago, a Câmara Municipal pediu esclarecimentos à empresa de segurança privada sobre esta situação.