Luís Cirilo Carvalho foi a escolha do ‘Aliança’ para cabeça de lista por Braga do partido cujo líder é Pedro Santana Lopes. A caminho dos 60 anos (faz em Outubro), o ex militante do PSD e ex-Governador Civil de Braga (2002-2003) assume-se como o rosto de um dos mais recentes partidos do espectro político português.
Natural de Guimarães, Luís Cirilo Carvalho fez o seu percurso profissional, sobretudo, na banca e atualmente é consultor.
Já o percurso político foi tudo ele ligado ao PSD. Foi militante da JSD e do PSD (desde 1977), esteve na Assembleia Municipal de Guimarães, foi secretário geral adjunto e conselheiro nacional.
Fez também parte dos órgãos sociais do Vitória Sport Clube, onde foi vice-presidente da Mesa da Assembleia-geral (entre 1995 e 1998), secretário-geral (entre 1999 e 2002) e vice-presidente para o Futebol e Modalidades (2012).
Em 2018 aparece como número dois da comissão instaladora do ‘Aliança’, partido fundado por Pedro Santana Lopes depois da sua saída do PSD e onde estão outros ex-social democratas e até ex-CDS.
A escolha de Luís Cirilo foi conhecida, ontem, na Figueira da Foz, na reunião do Senado do partido e onde Santana Lopes foi aprovado como cabeça-de-lista por Lisboa. Bruno Ferreira Costa será o rosto pelo Porto.
Foram ainda aprovados os nomes de Carlos Medeiros por Setúbal, Joaquim Sousa pela Madeira, Jorge Medeiros pelos Açores, Ana Camilo por Castelo Branco, Ana Rosado Fonseca por Évora, Odília Lopes por Faro, Rui Sousa por Santarém, Maria João Gaspar por Vila Real e Pedro Escada por Viseu.
Aproximação ao partido ‘Nós, Cidadãos!’
Na reunião de ontem, o senado do partido deu parecer favorável para que a direção, liderada pelo antigo primeiro-ministro Santana Lopes, inicie “o processo de negociação de uma coligação pré-eleitoral” com o partido Nós, Cidadãos! e com outras forças políticas convidadas, disse o vice-presidente do Aliança, Bruno Ferreira Costa, que falava à agência Lusa no final da reunião.
Durante a semana, o partido Nós, Cidadãos! tinha lançado o desafio ao Aliança para uma coligação pré-eleitoral “ao centro”.
Segundo Bruno Ferreira Costa, há abertura por parte do partido “para uma coligação pré-eleitoral para as legislativas com as forças democráticas do centro e centro-direita, para fazer face à frente de esquerda”.
O vice-presidente do Aliança salientou que há, no entanto, partidos com os quais esta força política não estará disponível para formalizar uma coligação, como é o caso do partido Chega, liderado por André Ventura.
Durante o dia, que contou também com uma reunião da Direção Política Nacional da parte da manhã, o Senado aprovou também “as traves mestras da linha programática do partido”, que terá o combate à pobreza e à exclusão social como “uma causa transversal” na redação do programa eleitoral, referiu.
O combate à corrupção, a requalificação do Serviço Nacional de Saúde, o crescimento económico e a coesão social e territorial são outras das “traves mestras” definidas pelo Aliança, disse.