Ex-marido da candidata do Chega à Câmara de Braga liderava rede de tráfico de armas

Rede desmantelada esta semana pela PJ
Foto: O MINHO

O ex-marido e o cunhado de Eugénia Santos (Jenny Santos), a candidata do partido Chega à Câmara de Braga, são os principais suspeitos de lideraram a maior rede de traficantes de armas de guerra de que há memória, no Minho, desmantelada esta semana, por operacionais da Secção Regional de Combate ao Terrorismo e ao Banditismo, a unidade de elite da Polícia Judiciária no Norte.

Segundo uma investigação do Jornal de Notícias, publicada na sua edição impressa desta quinta-feira, Luís Lopes (“Simpson”), o ex-companheiro de Eugénia Santos (Jenny Santos) era o líder incontestado da rede de tráfico de armas de guerra, sediada em Braga, que foi desarticulada na região do Minho, com a apreensão de dezenas de armas com calibre proibido, de milhares de munições e mais de 30 mil euros.

Luís Miguel Pereira Lopes (“Simpson”), ex-companheiro da candidata do partido Chega à presidência da Câmara de Braga, que é muito conhecido nos meios noturnos da cidade de Braga, pelas ligações aos ginásios e aos negócios da segurança privada, tinha como seu lugar-tenente Carlos Manuel Branco Osório, irmão do atual marido da personal trainer de um ginásio, em Braga, Eugénia Santos, José Osório.

Armas apreendidas. Foto: O MINHO
Armas apreendidas. Foto: O MINHO
Armas apreendidas. Foto: O MINHO
Armas apreendidas. Foto: O MINHO
Armas apreendidas. Foto: O MINHO

Criminalidade altamente organizada

Tal como O MINHO noticiou, a Polícia Judiciária, através da Diretoria do Norte, deteve no Norte 12 suspeitos de tráfico e mediação de armas, tendo realizado 28 buscas, 25 das quais domiciliárias, confiscado várias dezenas de armas de fogo e milhares de munições.

Nesta megaoperação foram apreendidas dezenas de armas proibidas de diversos calibres e géneros, onde se incluem pistolas, revólveres, carabinas, caçadeiras, facas, soqueiras, milhares de munições, detonadores pirotécnicos e quantias em numerário, nas 28 buscas, sendo 25 domiciliárias, duas em estabelecimentos e uma numa instituição bancária, nas zonas de Braga, Amares, Póvoa do Lanhoso, Felgueiras, Fafe, Santo Tirso, Póvoa de Varzim e Vila do Conde, onde operava o serralheiro especializado em adulterar as armas.

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Nestas diligências, da Diretoria do Norte e do Departamento de Investigação Criminal da PJ de Vila Real, estiveram envolvidos cerca de 100 elementos da Polícia Judiciária, tendo sido detidos 12 suspeitos da prática daqueles crimes, de tráfico e mediação de armas e de posse ilegal de armas, que estão todos esta quinta-feira a ser interrogados, no Tribunal de Instrução Criminal do Porto, por determinação do Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) Regional do Norte do Ministério Público, que trata da criminalidade mais violenta e organizada e dos crimes mais nefastos contra a humanidade, em todo o Norte.

Segundo a Polícia Judiciária, “pelo menos desde fevereiro de 2020 e essencialmente na zona Norte, os ora detidos promoveram e mediaram transações e cedências de armas de fogo e munições, como forma de obter ganhos económicos”, como referiu a PJ do Norte.

“Os doze detidos, todos homens, com idades entre os 30 e os 75 anos, um deles já com antecedentes criminais por crimes de idêntica natureza, bem como por crimes contra a propriedade e integridade física, vão ser presentes a Tribunal para primeiro interrogatório e a aplicação das medidas de coação”, esclarece a Direção Nacional da Polícia Judiciária.

Estão todos sujeitos à aplicação de penas de prisão efetiva, até dez anos, pelos crimes de tráfico e mediação de armas, tendo sido detidos com mandados de captura, pelo risco de se furtarem à ação das autoridades policiais e igualmente pela perturbação da ordem e da tranquilidade públicas, segundo referem ainda os responsáveis pela investigação criminal.

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Segundo revelou a Polícia Judiciária, em conferência de imprensa, no Porto, ao longo da tarde desta quarta-feira, o próximo passo das suas investigações criminais será averiguar quais das armas apreendidas foram eventualmente usadas na prática de crimes violentos.

Eugénia Santos (Jenny Santos) esteve esta semana, em Braga, numa manifestação de apoio com os agentes da PSP, em frente ao Comando Distrital de Braga da Polícia de Segurança Pública, que, como O MINHO noticiou, lutam por um maior subsídio de risco.

 
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