O governador do Banco de Portugal (BdP), Mário Centeno, considerou hoje que a evolução da inflação está “muito dependente da redução do impacto de fatores que permanecem temporários”, como a energia.
“A evolução da inflação, em geral, está muito dependente da redução do impacto de fatores que permanecem temporários”, disse hoje Mário Centeno aos jornalistas na conferência de imprensa de apresentação do Relatório de Estabilidade Financeira, que decorreu hoje no Museu do Dinheiro, em Lisboa.
Mário Centeno elencou “desde logo a energia, cuja flutuação de preço nas últimas semanas, nalguns casos até nos últimos meses, tem sido de redução”.
O governador do Banco de Portugal recordou as previsões do Eurosistema para a inflação na zona euro, que “mostram como no médio prazo, no final do horizonte de previsão”, estarão “finalmente próximas” do objetivo fixado pelo Banco Central Europeu (BCE) para a inflação (2%).
“As previsões, desse ponto de vista, são positivas para aquilo que é a condução da política monetária”, afirmou o governador.
Por outro lado, Mário Centeno advertiu que “o efeito da pandemia” ainda está presente, pelo que “as consequências económicas e financeiras da pandemia só se revelarão ao longo do tempo”.
“Temos que nos manter a pilotar estas previsões com esta cautela adicional, e ela tem consequências não apenas na inflação, mas para a estabilidade financeira”, disse Mário Centeno.