Nuno Melo e os candidatos do CDS-PP passearam hoje na feira de Barcelos, ouviu algumas promessas de voto nas eleições de domingo e relativizou as sondagens que põem os centristas abaixo do BE e do PCP.
Na feira que disse ser uma “espécie de talismã” para si e para o CDS, Nuno Melo ouviu mais “casos de vida difíceis”, como lhes chama, de pessoas que se dedicam à “pequena agricultura”, como atividade de subsistência, e se queixam por serem “vergastadas pelo fisco”.
Foi a deixa usada para o eurodeputado e recandidato do CDS levantar a questão do atraso, segundo disse, da publicação dos dados de execução orçamental pelo Governo, que acusou de esconder esses números para não prejudicar o PS nas eleições europeias do próximo domingo.
De banca em banca, Melo foi distribuindo panfletos e canetas, beijos, abraços e recebeu algumas promessas, incluindo uma idosa que disse que o CDS é o seu partido “há 50 anos”.
Atrás ou ao lado, Pedro Mota Soares, que uma mulher identificou como alguém que é muito parecido com “um senhor que aparece na televisão”, ia pedindo “força” para o CDS nas eleições.
“Olhe que é já no domingo, não se esqueça”, repetiu um par de vezes.
E Nuno Melo também ouviu a promessa de uma mulher de “rezar por si”, ao que o candidato agradeceu: “Reze, reze.” Uma promessa, aliás, repetida a Pedro Mota Soares.
Num dia em que teve simpatia e pouca animosidade por onde passava, Nuno Melo deu sinais de não ter gostado da sondagem da TSF, que continua a colocar o CDS, com 6,7%, abaixo do BE e do PCP, dados que contrariam o que anda a defender desde meio do período oficial de campanha eleitoral.
O cabeça de lista dos centristas quer evitar o comentário às sondagens que umas vezes colocam o CDS à frente do PCP e têm margens de erro de 4%, concluindo que o partido poderia chegar quase aos 11%.
Melo diz recusar-se a “comentar sondagens que dão uns dias 12% ao BE e outras que dão 6%”, afirmando que estes estudo, “em relação ao CDS falham-se sempre, como aconteceu nas europeias de 2009.
“Não é normal, não é científico. Espero pelas urnas”, afirmou.
E à quarta pergunta dos jornalistas sobre as sondagens e se os as intenções de voto revelavam uma tendência, remeteu os seus comentários para a noite eleitoral.
O dia de campanha do CDS é passado hoje nos distritos de Braga e do Porto, terminando com um jantar em que também discursará a presidente do partido, Assunção Cristas.