O eurodeputado socialista Pedro Marques propõe um cheque de 1.000 euros a cada cidadão europeu que esteja desempregado, seja idoso ou tenha filhos. O ex-ministro das Infraestruturas português acredita que essa é uma forma mais eficaz de estimular a economia, adotando o modelo seguido também nos EUA.
“A União Europeia deve enviar um sinal forte aos governos nacionais para que continuem a apoiar as suas economias e a fazerem com que o dinheiro europeu chegue ao destino pretendido numa questão de meses e não anos. Mas há uma forma ainda melhor de garantir que o dinheiro para a recuperação fornece os estímulos que são necessários: usar os meses que leva a aprovar planos de recuperação nacionais para encontrar uma forma de pagar 1.000 euros a cada desempregado, idoso ou cidadão com filhos”, defende Pedro Marques num artigo publicado no Politico Europe.
No texto, o eurodeputado considera que a resposta norte-americana ao impacto da pandemia na economia, para além de “muito maior”, também “chegou muito mais rapidamente à economia real”.
“Isso aconteceu porque uma grande fatia dos estímulos tomaram a forma de pagamentos diretos às famílias, ao mesmo tempo que outras medidas tiveram impacto imediato nos rendimentos dos cidadãos e, em resultado, na procura”, justifica Pedro Marques, recordando que os cheques de 1.400 dólares que os EUA estão a distribuir agora aos cidadãos são já os terceiros desde o início da crise da covid-19.