Declarações após o jogo Farense-SC Braga (0-1), da 26.ª jornada da I Liga portuguesa de futebol, disputado hoje no Estádio de São Luís, em Faro:
– Carlos Carvalhal (treinador do SC Braga): “Queria agradecer a presença dos adeptos, dar os parabéns aos meus jogadores pelo jogo abnegado que fizeram e também aos jogadores do Farense pelo que lutaram, do primeiro ao último minuto.
Antevia-se um jogo difícil. O Farense a jogar aqui no São Luís é uma equipa muita agressiva. Pressionou-nos muito na primeira parte, tivemos alguma dificuldade em sair. Há uma parte grande de mérito do Farense, outra de demérito da nossa parte, porque falhámos muitos passes e muitas receções, não é normal na nossa equipa. O Farense estava muito cómodo a pressionar-nos.
Ao intervalo, percebendo isso, eu e a minha equipa técnica decidimos modificar alguns posicionamentos que dificultaram as saídas do Farense. A entrada do Racic, um jogador mais posicional, aumentou a agressividade no meio-campo e o Ricardo Horta e o Zalazar ganharam melhor a posição no terreno.
Partimos para uma segunda parte boa, tivemos mais oportunidades. Não era justo para o Farense termos marcado o segundo golo, mas tivemos duas, três situações claríssimos para o fazer. Para nós, o mais importante, num estádio muito difícil, foi conseguir os três pontos.
(Objetivo de lutar pelo terceiro lugar) O grande objetivo passa a ser vencer o Arouca na próxima jornada, em casa. Esse é o próximo objetivo. Um passo de cada vez. Tentar perceber onde conseguimos ir, estamos no bom caminho, a ambição é boa, estamos a jogar uma vez por semana e isso nota-se na frescura da equipa, na forma como terminou o jogo.
Eu não estou a lutar pelo terceiro lugar, estamos a lutar pela melhor posição possível. Alcançar o máximo de pontos para conseguir a melhor classificação possível e, no final, logo veremos onde estamos.
(Estreia de Rúben Furtado) O miúdo entrou muito bem. Está a treinar connosco nas últimas duas semanas. Estamos atentos a todos os jogadores da formação. Este joga na equipa B e tem boa capacidade. Dentro das suas características, é aquele que se assemelha mais ao Roger, um esquerdino a jogar à direita, bom drible, finaliza bem. Fico muito contente pela estreia dele”.
– Tozé Marreco (treinador do Farense): “Tem sido lugar-comum o que se tem passado nestes jogos. São socos consecutivos naquilo que produzimos, e os poucos golos que marcamos aqui no São Luís.
É frustrante, porque mais uma vez criámos tantas situações, contra uma equipa que está a fazer o campeonato que está a fazer, e não conseguimos fazer golos.
Se me pergunta se tenho justificação para isso, não tenho, porque efetivamente, na primeira parte, a quantidade de situações que temos são muitas para, pelo menos, fazermos um golo.
A segunda parte foi equilibrada, mas lembro-me de oportunidades do Elves [Baldé] e do Rony [Lopes]. É inexplicável o facto de não fazermos golos no nosso estádio.
É um sentimento de muita frustração por ainda não termos o equivalente em pontos às exibições que temos feito.
Não vale a pena fazer contas. A situação está muito difícil. Andamos a remar contra a maré desde a primeira jornada. O campeonato, para o Farense, esteve sempre muito difícil.
Estão cada vez menos pontos em jogo, aquilo a que nos agarramos é a cada jogo. Encarar a realidade, insistir no que temos de insistir e encarar cada jogo como se fosse o último, como os rapazes fizeram, que deram mais uma vez tudo deles”.