Cláudia Cruz, estudante do curso de mestrado em Educação Artística, da Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Viana do Castelo (IPVC), usou a dança, o teatro e a música como instrumento para cativar os mais pequenos e despertar neles o gosto pela leitura. O projeto valeu-lhe agora o Prémio Infância 2023, atribuído pelo BPI e a Fundação La Caixa, foi hoje anunciado.
O projeto chama-se “Histórias em Movimento” e tem a missão de promover a leitura junto de crianças do pré-escolar e do primeiro ciclo, mas de uma “forma original”.
Em comunicado, o IPVC refere que as as histórias “saem dos livros, ganham movimento e convidam os mais pequenos a participar na desconstrução ou na reconstrução da narrativa”.
O Prémio Infância 2023 foi atribuído em dezembro à Aplausos Prometidos-Associação de Dança e Arte, associação que Cláudia Cruz dirige em Viseu, de onde é natural.
E será lá, em cinco escolas do Primeiro Ciclo, localizadas em zonas rurais do concelho, que o projeto será implementado com a ajuda dos perto de 25 mil euros que a estudante da Escola Superior de Educação do Politécnico de Viana do Castelo conquistou.
“Histórias em Movimento” foi desenvolvido no âmbito da Unidade Curricular Práticas Performativas II, do segundo ano do mestrado em Educação Artística, do IPVC, e agora é objeto de trabalho para a dissertação final de curso de Cláudia Cruz.
Também é “combate à pobreza”
Cláudia Cruz descreve este prémio como “o reconhecimento de uma nova estratégia para a promoção da leitura na qual a Educação Artística desempenha um papel fundamental”.
A sociedade – continua a estudante do Politécnico de Viana do Castelo – impõe “inovação e novas estratégias pedagógicas, que permitam motivar as crianças e considero que este projeto cumpre esse objetivo”.
Além da promoção da leitura, o projeto assume, ainda, “um cariz social de combate à pobreza, uma vez que visa fomentar o desenvolvimento de cidadãos ativos e capazes de superar a sua situação de desvantagem inerente ao contexto rural”.
Licenciada em Direito, Cláudia Cruz esteve sempre ligada à dança. Há cerca de seis anos, decidiu colocar de lado o primeiro curso superior e agora está no último ano do curso de mestrado em Educação Artística, na ESE-IPVC.