Um homem foi detido pela PJ de Braga, por alegadamente ter assassinado e enterrado um idoso, em Esposende, ao início da tarde deste sábado. Já presente ao Tribunal de Turno de Cabeceiras de Basto, este decidiu que na próxima segunda-feira o detido voltará ao juiz de instrução criminal para ouvir as medidas de coação.
O detido, de nacionalidade argelina, com 38 anos de idade, depois de matar e enterrar no Pinhal de Ofir, em Fão, Esposende, o cadáver da vítima, utilizou os seus cartões bancários, para fazer levantamentos e pagar despesas, após o “desaparecimento”.
Segundo as primeiras informações, recolhidas por O MINHO, a vítima, com 85 anos de idade, encontrava-se acolhida numa família, devido a problemas de mobilidade, sendo o móbil do crime apoderar-se dos bens avultados financeiros do octogenário.
O arguido é suspeitos dos crimes de homicídio qualificado, ocultação de cadáver e abuso de cartão bancário, crimes cometidos entre 29 de novembro e 11 de dezembro do ano 2024, na freguesia da Apúlia, em Esposende, segundo revelou a PJ de Braga.
Os factos criminosos foram cometidos entre as freguesias de Fão e da Apúlia, na zona sul do concelho de Esposende, tendo o desaparecimento do idoso sido comunicado há algumas semanas, mas o cadáver acabou por ser desenterrado nos últimos dias.
A Brigada de Homicídios da Polícia Judiciária de Braga deteve o presumível autor dos crimes de homicídio qualificado e de profanação e ocultação de cadáver, estando sujeito a ser posteriormente condenado à pena máxima de 25 anos de prisão efetiva.
Na sequência de reporte às autoridades policiais do desaparecimento de um idoso de 85 anos, que habitava na residência de um casal, na modalidade de família de acolhimento, foram iniciadas ações de investigação para apurar tais factos, refere a PJ.
“Das diligências realizadas reuniram-se fortes indícios que após o homicídio, o plano previamente traçado passou por informar as autoridades locais [Posto Territorial da GNR de Esposende] de que o idoso ter-se-ia ausentado voluntariamente de casa, encontrando-se em parte incerta, comunicação que, mais tarde, se comprovou ser falsa”, segundo a Polícia Judiciária de Braga.
“Com esta conduta, o suspeito pretendeu ter acesso aos bens da vítima, subtraindo-lhe cartões bancários, utilizados em diversos pagamentos de compras e levantamentos, já depois da notícia do desaparecimento do idoso”, segundo acrescenta a PJ de Braga.
Notícia atualizada às 17h55 com mais informação.
