Estónia e Letónia deixaram de importar gás russo desde o início de abril

Economia
Estónia e letónia deixaram de importar gás russo desde o início de abril

As repúblicas bálticas da Estónia e Letónia anunciaram ter deixado de importar gás russo desde o inicio de abril, adianta hoje a agência EFE.

A terceira república báltica, a Lituânia, já tinha anunciado no sábado que, desde o início deste mês, não importava gás vindo da Rússia.

A EFE refere que nenhum gás russo atravessou a rede do Báltico desde 31 de março e que, citando o presidente do operador letão JSC Conexus Baltic Grid, Uldiss Baris, a exigência de Moscovo de que o gás fosse pago em rublos foi um sinal da necessidade de agir rapidamente.

“De uma perspetiva de segurança, já não havia confiança”, afirmou Baris, explicando que o fornecimento de gás é agora feito principalmente através do terminal de Gás Natural Liquefeito (GNL) do porto lituano de Klaipeda e do depósito de Incukalns na Letónia.

A Lituânia foi o primeiro dos 27 países da União Europeia a prescindir do gás russo, graças a uma política energética coerente seguida nos últimos anos.

Até 2015, quase 100% dos gás consumido na Lituânia era importado da Rússia, mas a situação mudou drasticamente nos últimos anos, após o país ter construído em 2014 um terminal de importação de gás natural off-shore na cidade portuária de Klaipeda.

No último ano, cerca de 26% do abastecimento de gás na Lituânia era proveniente da Rússia, 62% do terminal de gás natural de Klaipeda e 12% vinha de um reservatório da vizinha Letónia.

A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que matou pelo menos 1.325 civis, incluindo 120 crianças, e feriu 2.017, entre os quais 168 menores, segundo os mais recentes dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.

A guerra provocou a fuga de mais de 10 milhões de pessoas, incluindo mais de 4,1 milhões de refugiados em países vizinhos e cerca de 6,5 milhões de deslocados internos.

A ONU estima que cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.

 
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