Estes selos lançados em Famalicão vão “correr o mundo”

Homenagem ao escritor Camilo Castelo Branco
Foto: CM Famalicão

Os CTT – Correios de Portugal assinalaram, no domingo, o bicentenário do nascimento de Camilo Castelo Branco com o lançamento de uma coleção de selos da República – composto por quatro selos e por um bloco filatélico – dedicada ao romancista português.

Foi no escritório da Casa de Camilo, em Seide São Miguel, que se carimbaram os primeiros selos, em circulação a partir desta segunda-feira.

Neles estão ilustradas quatro das obras mais emblemáticas de Camilo: “Amor de Perdição”, “A queda de um Anjo, “Maria Moisés e “Memórias do Cárcere”.

“É fazer voltar às cartas de correio Camilo, ele que tanta correspondência trocou ao longo da sua vida de cronista e romancista, uma forma de o homenagear, mas também de o fazer voltar a correr o país e o mundo, lembrando a obra que nos deixou e promovendo a sua literatura”, assinalou o presidente da Câmara de Famalicão, citado em comunicado.

Foto: CM Famalicão

Mário Passos lembrou ainda a importância do escritor: “Cada vez mais vivo pelo trabalho de investigação e de valorização da sua obra, que em Famalicão temos também vindo a promover”.

A cerimónia de obliteração dos selos contou também com as presenças do coordenador Científico da Casa Museu de Camilo e do Centro de Estudos Camilianos, Sérgio Sousa, e do diretor de Filatelia dos CTT, Raul Moreira, que salientou a data marcante do bicentenário do nascimento de Camilo e a sua dimensão bibliográfica como “razões óbvias para que os CTT façam o lançamento desta coleção e uma homenagem a quem, na verdade promoveu os próprios correios, pelas inúmeras cartas que partilhou com muitos dos seus correspondentes”.

A emissão dos CTT – Correios de Portugal é composta por quatro selos e por um bloco filatélico, que podem adquiridos a partir de hoje.

O bloco filatélico é ilustrado por André Carrilho, um dos mais importantes caricaturistas portugueses, que apresenta o novelista na Casa de São Miguel de Seide, em cujo escritório instalou, após 1863, a sua bigorna das Letras e o transformou num dos altares maiores da literatura portuguesa.

O ilustrador Nuno Palhas, também conhecido como Third, foi responsável pelo design do selo referente à obra “Amor de Perdição. O selo representativo da obra “Queda de um Anjo” é da autoria da ilustradora Teresa Lima. Luis Duran, Head of Design emérito dos CTT, é o autor do selo dedicado ao livro “Memórias do Cárcere”. O selo referente à obra “Maria Moisés” foi inspirado num mural de arte urbana presente no centro da cidade famalicense, da autoria do projeto criativo Ruído, de Frederico Draw e Rodrigo Gonçalves.

 
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