Declarações dos treinadores de Gil Vicente e Portimonense, Carlos Cunha e Paulo Sérgio, no final da partida da 12.ª jornada da I Liga portuguesa de futebol, que os algarvios venceram por 2-1.
Carlos Cunha (treinador Gil Vicente): “Foi um jogo equilibrado em muitos momentos. Mas, face ao contexto [pontual] que vivemos, estivemos um pouco aquém do expectável.
Tenho que aceitar que o Portimonense foi competente, foi uma equipa mais eficaz, criando-nos situações de dificuldade, que já esperávamos.
No entanto, senti a entrega dos jogadores. Foram valentes em alguns momentos. Na segunda parte, tivemos momentos acutilantes, mas fruto de alguma ansiedade desperdiçamos algumas oportunidades que nos podiam dar a vantagem e que mudaria o jogo.
Foi mau termos sofrido o primeiro golo de bola parada, e depois termos sofrido o segundo golo na sequência de um outro lance de bola parada, mas a nosso favor.
Há um momento de instabilidade normal, mas acreditamos que os atletas deram o máximo e resta-nos acreditar no nosso trabalho.
O que sentimos é que ansiedade e a necessidade de conseguir um resultado positivo tira clarividência aos jogadores. Temos de lhes dar tranquilidade e confiança. Este grupo já mostrou que pode ser extraordinário.
Paulo Sérgio (treinador Portimonense): “Vínhamos a pecar na eficácia, porque tivemos situações, em outros jogos, para ter melhores resultados, mas nunca houve quebra de confiança.
Hoje, jogámos perante uma boa equipa, que apesar de não estar num bom momento está recheada de bons elementos.
Fizeram-nos trabalhar muito, mas acabámos por ser felizes e já o merecíamos há muito tempo. Mostramos confiança e tivemos várias ocasiões de golo ‘cantado’. Estamos satisfeitos.
Foi um jogo de respeito, respeitámos muito o Gil Vicente porque sabíamos que tinham o potencial para nos ferir. Mas não viemos à procura de um ponto, viemos para jogar no campo todo.
(sobre as substituições) Quis mostrar à equipa que queria ganhar o jogo. Trabalhamos com eles todos os dias e sabemos do momento que cada um atravessa na semana de trabalho.
O Ricardo [Matos] tem trabalhado bem, e hoje, disse-lhe, no final do jogo, que quem trabalha é recompensado. Voltou a marcar na Liga, é um miúdo com potencial e contamos com todos”.