A Comissão dos Combatentes da Guerra do Ultramar do Concelho de Caminha homenageou, no passado dia 10 de junho, uma homenagem aos combatentes junto do memorial existente na Praça dos Combatentes, em Vila Praia de Âncora.
Criada em 07.03.2003, esta comissão levou a cabo o içar da bandeira nacional pelo combatente Licínio Macedo, ao som do hino nacional, havendo ainda uma intervenção por parte do combatente Manuel Amial, destacado entre 1971 e 1973 em Cabo Delgado, Moçambique.
Foi ainda deposta uma coroa de flores junto ao Monumento ao som do toque de silêncio.
Na única intervenção da cerimónia, o Combatente Manuel Amial, recordou o trabalho da Comissão dos Combatentes ao longo dos últimos 17 anos e agradeceu “à comunidade portuguesa em geral e à comunidade caminhense em particular”.
Recorde-se que o Monumento aos Combatentes foi inaugurado em 10 de Junho de 2009 e inclui a heráldica de todas as Juntas e Uniões de Freguesia do concelho, “já que jovens combatentes de todas elas estiveram no teatro de guerra”.
Estatuto do Antigo Combatente
Na sua intervenção, Manuel Amial, centrou-se na necessidade da criação do Estatuto do Antigo Combatente, referindo que é “consensual na sociedade portuguesa que os Combatentes da Guerra do Ultramar deram exemplo de entrega, abnegação e sacrifício no cumprimento do seu dever pátrio, longe das suas famílias e perante “guerras e perigos esforçados”.
Os combatentes nunca viram, até hoje, reconhecido oficialmente o Estatuto do Combatente, que pedem para proteção contra “doença contraída pela sua participação na guerra”, assim como “outros apoios sociais”.
“Uma omissão injusta e injustificável que não tem honrado a Pátria Portuguesa e os Combatentes da Guerra do Ultramar, ao contrário do que aconteceu com os Combatentes da Grande Guerra”, referiu Manuel Amial.
Num apelo aos deputados da Assembleia da República, atendendo a que o Estatuto do Antigo Combatente está em fase de audições pela Comissão de Defesa Nacional da Assembleia e cuja conclusão está prevista para o próximo mês de julho, o antigo soldado referiu que este se trata de “assunto premente e consensual na sociedade portuguesa”.
Homenagem aos Combatentes falecidos
A cerimónia encerrou com a Homenagem ao Combatentes falecidos, ouvindo-se o toque de silêncio por Manuel Gonçalves e colocada uma coroa de flores junto ao Memorial conduzida pela viúva do combatente Eliseu Camelo, Isaldina Lajoso Camelo.