“Estamos frustrados”

Luís Freire
Imagem: Vitória SC

Declarações após o jogo Vitória SC–Arouca (2-2), da 18.ª jornada da I Liga portuguesa de futebol, disputado hoje em Guimarães:

– Luís Freire (treinador do Vitória SC): “Estamos frustrados. Ninguém está satisfeito, até porque estávamos a ganhar por 2-0.

Entrámos bem. Os jogadores trabalharam durante a semana para dar uma excelente resposta. A primeira parte é uma prova disso. Mostrámos um pouco do que estes jogadores conseguem fazer quando as coisas começam a sair. Ao intervalo, o resultado é justo.

Na segunda parte, o jogo estava minimamente controlado e sofremos o 2-1. A partir do 2-1, muda o jogo para nós. Já tivemos inúmeras situações. Houve muita vontade e muito querer, mas perda de discernimento.

A partir de certa altura, poderíamos ter feito golo e o Arouca poderia ter feito golo. O jogo ficou descontrolado. Os jogadores tiveram vontade durante a semana, mas, com o 2-1, perderam foco na organização, com os espaços a aparecerem para o adversário. A quebra de estabilidade emocional originou o jogo ‘partido’.

Não vi os lances [dos golos do Arouca], mas transmitiram-nos isso [que os lances dos golos do Arouca foram precedidos de ilegalidade]. Vamo-nos agarrar àquilo que controlamos, jogando mais organizados, mais esclarecidos, mais controlados emocionalmente.

Tivemos dificuldades em controlar a profundidade na segunda parte. Tínhamos três jogadores sem ritmo defensivo, o Borekvovic, o Miguel Maga e o Zé Carlos.

Com as substituições [do Tiago Silva e do Nuno Santos], quisemos ter mais disponibilidade física para transportar a bola para o ataque. Tivemos mais capacidade ofensiva e tentámos o terceiro golo.

Essa sequência de jogos [a desperdiçar vantagens] ‘pesou’ um pouco. Durante a semana, não senti nada [instabilidade emocional]. Os jogadores estão com a postura certa no trabalho, mas o Arouca foi-se aproveitando dos espaços que abrimos. Os nossos jogadores foram caminhando para onde está a bola, e isso deu espaços ao Arouca”.

– Vasco Seabra (treinador do Arouca): “Foi um jogo bastante completo da nossa parte, com a mudança da agressividade da primeira para a segunda parte.

Estávamos bem na primeira parte, em termos de posicionamento, mas, quando perdíamos a bola, éramos frágeis. Tínhamos uma reação tardia à perda da bola. Isso penalizou-nos. Conseguíamos ‘tapar’ o que o Vitória criava em termos ofensivos, mas cada momento de transição era uma ‘aflição’ para nós. Ainda assim, tivemos três oportunidades na primeira parte.

Ao intervalo, falámos sobre agressividade na perda da bola. Subimos para um patamar mais acima na segunda parte. Com a entrada do Sylla, conseguimos acrescentar qualidade às ligações da equipa. Com as entradas do Fukui e do Dylan [Nandín], também apostámos na profundidade.

Estamos cada vez mais identificados com aquilo que a equipa quer fazer. Fomos mais pressionantes à largura do campo. Com bola, soubemos diferenciar momentos em que jogámos de forma ‘curta’ e de forma ‘longa’. Sentimos que a equipa está a crescer e com enorme vontade de competir. Na primeira oportunidade das 17 que restam no campeonato, conquistámos um ponto num terreno muito difícil”.

 
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