“Estamos atrás há muito tempo. Estivemos a oito pontos do Santa Clara”

Luís Freire
Imagem: Vitória SC

 Declarações após o jogo Vitória SC–Rio Ave (3-0), da 31.ª jornada da I Liga portuguesa de futebol, disputado no Estádio D. Afonso Henriques, em Guimarães:

– Luís Freire (treinador do Vitória SC): “Tínhamos de dar uma resposta. Estamos atrás há muito tempo. Estivemos a oito pontos do Santa Clara. Quem esteve a oito pontos, tinha de acreditar hoje [quando estava a dois]. Os jogadores meteram a energia certa. Anulámos o jogo do Rio Ave, conseguimos atacar, conseguimos rematar, conseguimos finalizar.

Fomos uma equipa organizada defensivamente, capaz de lançar contra-ataques e de atacar com critério. Construímos um resultado de 3-0 ao intervalo. Fomos eficazes. Os jogadores estavam com ‘fome’ de fazer golos. Na segunda parte, quem entrou, entrou muito bem. Tentámos o 4-0. Ganhámos sem sofrer golos. Os objetivos foram atingidos.

Hoje, encontrámos mais espaços e finalizámos melhor. Do nosso lado, houve intensidade, agressividade e qualidade com bola. Houve muitos lances com critério. Fomos sérios, não abrandámos. Tivemos um período mais ‘morno’ na segunda parte, mas, no final, voltámos a tentar marcar golos. Temos de perceber o momento. O mais importante é ganhar. Será bom para todos se conseguirmos o quinto lugar. Houve momentos de muito bom futebol. Os jogadores evidenciaram muito compromisso e qualidade.

A consistência defensiva tem a ver com arranjarmos uma forma de os jogadores estarem estáveis. A equipa é muito compacta, trabalhadora e humilde. Poderia haver um golo do Rio Ave, mas respondemos sempre à altura. Houve espírito de sacrifício. Ter este espírito é ‘meio caminho andado’”.

– Petit (treinador do Rio Ave): “Em termos do compromisso, da atitude, da intensidade, dos duelos, estivemos muito aquém. Deixámos o Vitória estar sempre confortável no jogo. Fomos muito ‘curtos’ a pressionar o portador da bola. Fica sobretudo a passividade que tivemos. Não fomos compactos e organizados. Não ganhámos as segundas bolas.

Disse, ao intervalo, que há coisas inegociáveis no futebol: o respeito pela nossa profissão. A intensidade tem de estar sempre presente. Na segunda parte, melhorámos um bocadinho, mas sempre com o Vitória a gerir o jogo.

Não adianta preparar um jogo em termos técnicos e táticos, se não tivermos agressividade nos duelos. Tivemos duas ou três situações na segunda parte. Criámos um ‘losango’ com o André Luiz e o Clayton para ‘prender’ os quatro defesas. Tínhamos de definir o critério do passe de outra maneira [para marcar]”.

 
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