O campus do Instituto Politécnico do Cávado e do Ave (IPCA) vai crescer e as obras na zona da Quinta do Patarro, em Barcelos, iniciaram no primeiro trimestre deste ano. Com um investimento superior 18 milhões de euros, vai nascer uma residência universitária e um centro de investigação, que deverão estar prontos em dezembro de 2024.
Para além de melhorar a capacidade de resposta do estabelecimento de ensino superior, esta nova obra promete trazer mudanças à cidade. Isto porque o campus vai ficar ainda mais acessível e ‘dentro’ da cidade, já que o edifício de serviços e a residência vão ‘confluir ‘tocar’ a Avenida São José, que atualmente apenas tem acesso ao IPCA através de uma ponte pedonal.
A expansão do campus do IPCA, revelada em finais de 2021, compreende a construção do Barcelos Collaborative Research and Innovation Center (B-CRIC), um espaço dedicado à investigação, valorização e transferência de tecnologia.
No mesmo terreno, com 33 mil metros quadrados, irá nascer também uma residência de estudantes, com cerca de 130 camas. Além do auditório com 500 lugares, o projeto contempla, ainda, a recuperação da atual casa principal da Quinta do Patarro, tendo em vista a instalação dos serviços centrais do IPCA.
Conforme revelou o IPCA na cerimónia do seu 27.º aniversário, trata-se de um investimento superior a 18 milhões de euros que está a nascer nos terrenos da Quinta do Patarro, adjacentes ao atual campus em Vila Frescainha São Martinho, que foram adquiridos pela Câmara Municipal de Barcelos por cerca de dois milhões de euros.
Além da residência em construção visitada por António Costa na quinta-feira, o IPCA vai ter uma outra, ficando com um total de 195 camas.
O IPCA deixará, assim, de ser a única instituição de ensino superior público do país sem residência para alunos.
Estas obras foram visitadas na última semana pelo primeiro-ministro António Costa, que prometeu estar presenta na inauguração.
As obras estão a cargo do consórcio composto por NVE Engenharias S.A. e Costeira – Engenharia e Construção. “O projeto de arranjos exteriores define uma nova rede de percursos pedonais e áreas verdes, promovendo a acessibilidade pedonal e a consequente ligação do campus do IPCA ao centro da cidade de Barcelos, que poderá ser utilizada pela população em geral e trará nova vida ao Campus do IPCA”, explicou a NVE, em janeiro deste ano.
E acrescentou: “Todo o projeto deste conjunto edificado assume uma clara preocupação com a relação visual com o campus e as áreas verdes circundantes”.
Ainda sem financiamento, outro projeto para o mesmo espaço é o futuro multiusos de Barcelos. Durante a vista de António Costa, o autarca Mário Constantino sensibilizou o primeiro-ministro a incluir a obra no Plano de Recuperação e Resiliência.