Declarações após o jogo Vizela–Portimonense (1-0), da oitava jornada da I Liga portuguesa de futebol:
– Álvaro Pacheco (treinador do Vizela): “A vitória aceita-se pelo desempenho dos meus jogadores. Já tivemos jogos em que merecíamos ganhar e não conseguimos. Neste jogo, tivemos a sorte que nos faltou em jogos anteriores. Tivemos um pouquinho a ‘estrelinha’. Mas, pelo que fizemos, mesmo com falta da tranquilidade para ‘matarmos’ o jogo, penso que a vitória assenta bem, frente a um grande adversário.
Sabíamos que naquela altura era importante passar tranquilidade. Se fossemos capazes de ‘matar’ o jogo, a equipa estaria mais tranquila. Há sempre aquele ‘fantasma’ de se sofrer nos últimos minutos. Quis passar para os jogadores a serenidade, para eles se sentirem mais tranquilos e controlarem o jogo. Fizeram isso muito bem. Já tivemos jogos em que perdemos a acabar. Mesmo com este golo de vantagem, a equipa soube aguentar.
(Sobre a exibição do guarda-redes Buntic) Não gosto de individualizar. O Vizela é constituído por jogadores fantásticos, principalmente de caráter. A nível desportivo, achámos que era um jogador interessante. Mas, ao saber a parte humana dele, achei que encaixava no espírito vizelense. Tem muita vontade de aprender. Este é o resultado do trabalho árduo de todos os dias. Mas, o Luiz também tem um potencial tremendo, como o Baldé, que é um jovem na sombra desses dois. Mas se um dia precisar dele, posso contar com ele, porque tem evoluído muito.
Esta envolvente, esta cidade, estes adeptos, são únicos, com esta crença e esta determinação que eles passam. Isso foi importante num jogo difícil. Sabíamos que o jogo ia ser repartido e equilibrado. Houve alturas em que fomos melhores e outras em que o Portimonense foi melhor”.
– Paulo Sérgio (treinador do Portimonense): “Fomos superiores. O Vizela colocou-nos em perigo a partir dos 80 minutos, em duas transições, pelos riscos que estávamos a correr para ir atrás do resultado. Ao intervalo, estávamos por cima, após várias oportunidades no primeiro tempo.
No golo [do Vizela], não decidimos bem. Não devíamos permitir que o Tomás [Silva] cruzasse. Depois, o Anderson é feliz na finalização. Ao intervalo, dissemos aos jogadores para ficarem tranquilos, porque, a jogar assim, o golo iria aparecer.
O Vizela dificultou-nos ‘linhas de passe’ e chegadas mais claras à baliza. No final, optámos por lançamentos mais diretos. Quando ia refrescar a frente, o Relvas [defesa central] ‘acabou’ [e foi substituído pelo Zié Ouattara, aos 80 minutos]. Porfiámos, tivemos os olhos na baliza do Vizela, mas o guarda-redes do Vizela teve intervenções fabulosas.
O resultado é enganador, mas o futebol é isto mesmo. Já vencemos com menos posse de bola e menos remates. Estou satisfeito com a prestação dos meus rapazes.
O Vizela estava a agarrar-se à vida com ‘unhas e dentes’ quando adiantei o Diaby. Quase que resultava, mas houve uma grande defesa do guarda-redes após um canto. Não estava fácil entrar pelos corredores. Tentámos abreviar o caminho para a área.
(Sobre os dois jogadores ausentes) O Welinton apareceu com uma lesão após um movimento brusco. O Seck esteve com um quadro viral, que o deixou ausente durante 12 dias. Recebi ontem [sexta-feira] a indicação de que já está ‘ok’”.