Está a nascer uma nova cidade no coração de Guimarães. Um polo universitário, uma superfície comercial, novos arruamentos e várias áreas residenciais.
Depois de demolidas as fábricas já é possível ver a extensão do terreno onde vai acontecer a maior expansão da cidade de Guimarães nos últimos 20 anos.
Nas palavras do vereador do Urbanismo, Seara de Sá, trata-se de uma “revolução tranquila”, que irá modificar todo o quarteirão. Tranquila porque é uma operação que se poderá estender ao longo dos próximos dez anos.
Esta operação urbanística surge na sequência de dois pedidos de informação prévia à Câmara de Guimarães, um relacionado com a instalação de uma grande superfície comercial e outro para um projeto de urbanização.
“Definiu-se, nos dois processos que decorreram praticamente em paralelo, que a consolidação e a aceitação de uma superfície comercial média implicaria a abertura de vias para que o projeto fosse o menos intrusivo possível”, justificou Seara de Sá.
Os terrenos serão sucessivamente transformados em terrenos urbanos, através de loteamentos que darão origem a uma nova área urbana.
Novos arruamentos
A meio da avenida Afonso Henriques, próximo do Centro Cultural Vila Flor, “será aberta uma nova via que ligará à rua Colégio Militar”, explicou o presidente da Câmara, Domingos Bragança.
Uma segunda artéria parte da rua Eduardo Almeida, junto ao Hotel de Guimarães e desce até à rua da Caldeiroa. Há medida que os terrenos forem sendo urbanizados nascerão outras ruas.
No âmbito do acordo com o promotor imobiliário, a Câmara ficará com a antiga fábrica do Arquinho avaliada em 1,5 milhões, como compensação pelas taxas de urbanização. Os arruamentos serão também da responsabilidade do promotor imobiliário.
O edifício da fábrica será preservado e servirá para expandir o campus de Couros da UMinho. Segundo Domingos Bragança, há forte possibilidade de ali se vir a instalar o curso de Engenharia Aeroespacial da Escola de Engenharia da UMinho.
“É uma área promissora e a Fábrica do Arquinho poderá ser a localização para essa futura escola”, referiu Domingos Bragança.
Naquela zona poderá também instalar-se uma extensão da plataforma Fibernamics, dedicada à investigação de novos materiais.
Num futuro próximo o muro que acompanha grande parte da lateral da avenida Afonso Henriques, bem como do lado oposto do quarteirão, na rua Colégio Militar, vai desaparecer para dar lugar a uma nova cidade, no coração de Guimarães.