A Agência Portuguesa do Ambiente (APA) publicou um edital, hoje divulgado pela autarquia, que anuncia a intenção de demolir o Bar do Fôjo, mítico espaço em Fão, Esposende.
A mesma ordem já tinha sido recebida pelo proprietário, em 2015, quando o bar ainda estava em funcionamento, mas nunca avançou.
“A Agência Portuguesa do Ambiente, através da Administração da Região Hidrográfica do Norte, faz público que é sua intenção proceder à demolição da construção implantada na margem esquerda do Rio Cávado, a cerca de 50 metros para jusante da ponte rodoviária de Fão, vulgarmente conhecida por ‘Bar do Fôjo'”, lê-se no edital da APA.
A instituição refere que esta decisão acontece por se tratar de uma “ocupação abusiva de parcela do domínio público hídrico”.
Os interessados, que tenham qualquer objeção à demolição, devem contactar a APA no prazo de 20 dias úteis.
Em comunicado, a autarquia referiu que recebeu da Associação Portuguesa do Ambiente o presente edital, que se “encontra afixado e divulgado nos locais de estilo habitual”.
“O Município encontra-se a diligenciar, neste momento, uma reunião com a família, no sentido de um melhor acompanhamento da situação”, nota a Câmara.
Esta decisão surge cinco anos após a morte de Alberto Sérgio Cardoso de Sousa (17 de maio de 1948), que morreu aos 70 anos, em 2019, levando ao encerramento do espaço.
A taberna típica de Esposende foi explorada, desde 1974 – e durante mais de 40 anos – por aquela figura mítica de Fão, conhecida como “Sérgio do Fôjo”.
Dedicou a vida àquele popular espaço, próximo da ponte de Fão, que começou por ser um bar de pescadores e que acabou por tornar um espaço conhecido na região.