É esperado um agravamento do estado do tempo esta tarde devido à depressão Óscar, com previsão de chuva, trovoada e vento forte até sexta-feira, com possibilidade de ocorrência de cheias e inundações em algumas zonas.
É ainda esperado vento do quadrante sul a intensificar na quinta-feira na faixa costeira ocidental e nas terras altas, soprando por vezes forte e com rajadas.
Aviso amarelo
Como O MINHO noticiou, a chuva veio para ficar pelo menos até ao próximo sábado, de acordo com as previsões do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).
Esta quinta-feira, os distritos de Braga e Viana do Castelo estarão sob aviso amarelo, entre as 13:00 e as 22:00.
Face a este quadro meteorológico, a ANEPC alerta que poderão ocorrer inundações em zonas urbanas, causadas por acumulação de águas pluviais por obstrução dos sistemas de escoamento, assim como cheias, potenciadas pelo transbordo do leito de alguns cursos de água, rios e ribeiras.
Outras das ocorrências expectáveis são a instabilidade de vertentes, conduzindo a deslizamentos, derrocadas e outros movimentos de massa, motivados pela infiltração da água, podendo ser potenciados pela remoção do coberto vegetal na sequência de incêndios rurais, ou por artificialização do solo.
A ANEPC alerta igualmente para o eventual arrastamento para as vias rodoviárias de objetos soltos, para o desprendimento de estruturas móveis ou deficientemente fixadas, por efeito de episódios de vento forte, que podem causar acidentes com veículos em circulação ou transeuntes na via pública.
Piso rodoviário escorregadio, e formação de lençóis de água são outros avisos de perigos.
Adoção de comportamentos adequados
A ANEPC lembra que o eventual impacto destes efeitos pode ser minimizado, sobretudo através da adoção de comportamentos adequados, pelo que, e em particular nas zonas historicamente mais vulneráveis, se recomenda a adoção e divulgação de medidas de autoproteção para estas situações, como, por exemplo, garantir a desobstrução dos sistemas de escoamento das águas pluviais e retirada de inertes e outros objetos que possam ser arrastados ou criem obstáculos ao livre escoamento das águas.
Das medidas preventivas sugeridas consta ainda garantir uma adequada fixação de estruturas soltas, nomeadamente, andaimes, placards e outras estruturas suspensas, e ter especial cuidado na circulação e permanência junto de áreas arborizadas, estando atento para a possibilidade de queda de ramos e árvores, em virtude de vento mais forte.
Ter especial cuidado na circulação junto a zonas ribeirinhas historicamente mais vulneráveis a fenómenos de transbordo dos cursos de água, evitando a circulação e permanência nestes locais é outro dos conselhos da ANEPC.
Condução defensiva
Adotar uma condução defensiva, reduzindo a velocidade e tendo especial cuidado com a possível formação de lençóis de água nas vias e não atravessar zonas inundadas, de modo a precaver o arrastamento de pessoas ou viaturas para buracos no pavimento ou caixas de esgoto abertas, são outros cuidados a adotar pelos cidadãos.
A ANEPC pede ainda para que as pessoas não pratiquem atividades relacionadas com o mar, nomeadamente pesca desportiva, desportos náuticos e passeios à beira-mar, evitando ainda o estacionamento de veículos muito próximos da orla marítima.