O presidente da concelhia do PSD de Barcelos demitiu-se, esta segunda-feira, desagradado com o processo de escolha do candidato à Câmara. Bruno Torres confirmou a demissão a O MINHO, mas escusou-se a prestar declarações sobre o assunto. Ao que O MINHO apurou, em causa está o facto de a comissão política concelhia, que se reuniu no domingo, ter rejeitado indicar o seu nome a candidato à Câmara. Bruno Torres perdeu a votação por apenas um voto.
O processo de escolha de candidato à Câmara, que foge ao PSD desde 2009, está envolto em polémica.
Além de Bruno Torres, querem também ser candidatos Domingos Araújo (candidato em 2013) e Mário Costantino (candidato em 2017).
Em votação na concelhia o nome de Bruno Torres foi o mais votado; entre os presidentes de Junta, o preferido foi Domingos Araújo; e na sondagem realizada pelo concelho, Mário Constantino foi o vencedor, secundado, por uma margem muito curta, por Bruno Torres (Francisco Dias da Silva, presidente do Gil Vicente, e Domingos Araújo, respetivamente, ficaram mais atrás).
Ora, considerando que a diferença na sondagem é curta e anulada pela margem de erro técnico, e como estava em primeiro na primeira votação da concelhia, pelos critérios que teriam sido acordados, Bruno Torres considera estar em vantagem.
Contudo, esse entendimento não terá colhido na reunião de domingo da concelhia, que foi bastante dividida, acabando por perder por apenas um voto, o que levou o presidente da concelhia a demitir-se.
Bruno Torres tinha sido eleito presidente da concelhia de Barcelos em 18 de julho.