A Escola de Ciências da Universidade do Minho (ECUM) celebrou ontem o 49.º aniversário e o seu presidente reforçou como principal pedido a construção de novas instalações. José Manuel González-Méijome anseia que o novo espaço seja concluído entre cinco e dez anos. “Poderá vir a ser o projeto de maior envergadura da UMinho nas décadas recentes”, avançou. Nos últimos anos, a escola modernizou o laboratório de Química, as instalações sanitárias e substituiu parte da cobertura.
Na última cerimónia do Dia da Escola enquanto presidente, José González-Méijome fez um balanço e perspetivou o futuro. “Das 32 medidas previstas no Plano de Ação, 97% foram iniciadas, cerca de 90% estão concluídas ou com níveis de execução acima dos 75%, resultando numa execução global de 93%”, referiu. Perante um auditório repleto com mais de duas centenas de pessoas, no campus de Gualtar, em Braga, referiu as principais conquistas pedagógicas, como a criação da licenciatura em Ciência de Dados em parceria com a Escola de Engenharia, o Observatório ECUM e o aumento de alunos.
A nível científico destacou o incentivo de projetos europeus e maior captação de financiamento, bem como o aumento de atividades e de visitantes na Noite Europeia dos Investigadores, a criação do “Journal UMinho Science” por alunos e a celebração de mais de meia centena de protocolos com escolas da região no âmbito da Rede de Clubes Ciência Viva na Escola. Com mais mobilidades Erasmus, espera-se a realização de quatro Blended Intensive Programs e uma candidatura Erasmus K2 em parceria com a Aliança Europeia Arqus.
Ao nível da qualidade, foi implementado o Regime de Avaliação do Pessoal Investigador, revisto o Regulamento de Avaliação do Pessoal Docente e foram introduzidas novas métricas no Quadro Anual de Responsabilização. O responsável afirmou que a instituição tem todas as condições para “atrair novas lideranças” e mostrou total “disponibilidade para continuar a contribuir para a escola”.
Já o reitor da UMinho, Rui Vieira de Castro, elogiou o trabalho da presidência da ECUM, nomeadamente na “concretização do plano de ação” e com resultados muito positivos. Na cerimónia foram atribuídos prémios de reconhecimento a membros da ECUM pela Atividade Pedagógica (Nuno Peres); pela Inovação Pedagógica (Fátima Bento); pelo Impacto da Investigação Científica (José Pedro Basto Silva); pela Transferência de Conhecimento (Luís Filipe Meira Machado); pela Interação com a Sociedade (Dulce Geraldo) e pela Melhor Tese de Doutoramento (Gonçalo Filipe Santos Catarina). Madga Graça e Elisabete Carvalho foram as duas trabalhadoras galardoadas. Houve ainda 13 prémios escolares a alunos.
No concurso “Ciência Feita Arte” foram atribuídos quatro prémios. Na modalidade de Imagem foram premiados o docente José Brilha, do Departamento de Ciências da Terra da ECUM com “O tempo em camadas”. “The art of breathing”, das alunas Matilde Moreira Mendes e Maria Gomes Santos, do Agrupamento Escolar Camilo Castelo Branco, foi o outro trabalho escolhido. Na modalidade de Instalação, os premiados foram a docente Alexandra Nobre (Departamento de Biologia da ECUM) e Inês Machado, Dinis Alves e Íris Pacheco, do Agrupamento de Escolas D. Afonso Henriques.