A Escola de Pedralva, em Braga, vai manter-se em funcionamento em 2019/2020 com 14 alunos numa turma mista, depois de negociações com o Delegado RDireção-Geral dos Estabelecimentos Escolares (DGEstE), garantiu hoje à Lusa o presidente da autarquia.
A população manifestou-se na última reunião do executivo contra o encerramento do estabelecimento de ensino por não ter o número de alunos estipulados para continuar em funcionamento, que seriam 16 mas só há 14 crianças inscritas.
Segundo disse à Lusa o presidente da autarquia, Ricardo Rio, depois de “do contacto com o Delegado Regional da DGEstE, Miguel Gonçalves, foi transmitido que não ocorrerá o encerramento da escola se essa não for a vontade das autarquias locais”.
Rio assegura que a “escola manter-se-á assim em funcionamento com uma responsabilidade acrescida para toda a comunidade de envidar esforços para que, de futuro, não fique exposta aos riscos que decorrem da aplicação rigorosa dos critérios legais”.
O autarca referiu que a câmara “já tinha expresso a opinião de que a escola, atendendo à sua especificidade territorial e à importância de manter estes equipamentos em comunidades mais periféricas, não deveria encerrar, apesar de não cumprir o requisito legal do número de alunos”.
No entanto, para a escola continuar aberta terá que funcionar com uma turma mists: Há um preço a pagar”, explicou Ricardo Rio.
O assunto foi alvo de discussão na reunião do executivo de dia 17, com os pais das crianças, que seriam deslocadas para escolas em freguesias vizinhas, com os pais a manifestarem o seu desacordo.
À data, a ideia de turmas mistas não parecia agradar à autarquia que mas Rio garantiu que a Câmara “nunca deixará de estar contra o funcionamento de turmas mistas e nunca deixará de valorizar preferencialmente o funcionamento de turmas autónomas”.
Para o ano letivo de 2020/2021, o funcionamento da escola não está garantido pelo que Rio apela à união.
“É preciso um esforço conjunto no sentido de angariar mais alunos para obstar esta situação, que, do ponto de vista pedagógico, não é ideal”.
“Atendendo a estas circunstâncias, em particular do interesse das famílias e da importância para comunidade de se manter o equipamento em funcionamento, são fatores que acabam por ser sobrepostos a outros interesses maiores”, apontou.