Escola de Barcelos “premiada” por duas fundações recebe 35 mil euros

Um projeto de leitura digital, que incluiu a aquisição de 65 “e-readers”, já valeu à Escola Básica e Secundária de Vila Cova, em Barcelos, o reconhecimento de duas fundações, traduzido em 35 mil euros.

Paulo Faria, o professor responsável pelo projeto, disse esta quinta-feira que a escola vai receber, na sexta-feira, 20 mil euros da Fundação Montepio, relativos ao Prémio Escolar Montepio 2015, criado com o propósito de distinguir projetos educativos inovadores, orientados para a melhoria das condições de ensino e de aprendizagem país.

O projeto de leitura digital também já mereceu apoio da Fundação Calouste Gulbenkian.

“No total, em dois anos já vamos em 35 mil euros de financiamento”, sublinhou Paulo Faria.

O projeto visa, essencialmente, fomentar o gosto pela leitura, pondo as novas tecnologias ao serviço desse objetivo.

Nesse contexto, a escola já adquiriu 65 “e-readers”, equipamentos informáticos para ler livros digitais e que contêm, cada um, mais de 200 livros.

“Um aluno vai à biblioteca e pode levar, de uma só vez, 200 livros. Se não gostar de um, experimenta outro. Algum há de cativar a sua atenção e, assim, se estará a ganhar mais um leitor”, referiu Paulo Faria.

O projeto de leitura digital da escola de Vila Cova passa, também, pela difusão de posters de escritores pelos corredores e de pinturas de lombadas de livros pelas paredes, todos com um “código de barras” que permite fazer, através do telemóvel, o download de uma série de informação sobre os autores e as obras em causa.

“Uns códigos dão acesso a vídeos no ‘youtube’, outros fornecem notas biográficas, outros disponibilizam várias outras referências”, explicou o professor responsável.

Para já, os códigos são alusivos apenas a escritores portugueses, mas a ideia é alargá-los a autores dos outros países da lusofonia.

Outros aspetos do projeto são uma biblioteca digital e a utilização da rede social “Pinterest”, através da qual a comunidade escolar por trocar pontos de vista e informação sobre os livros.

Na escola, os dispositivos digitais móveis não são vistos como “inimigos” das aulas e da aprendizagem, mas sim como “bons aliados”.

“Se o tempo é de dispositivos digitais móveis, se eles estão em todo o lado, o que devemos fazer é tentar tirar o melhor partido deles, e é essa a nossa aposta”, rematou Paulo Faria.

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