Declarações após o jogo Belenenses SAD-Famalicão (2-3), da 33.ª e penúltima jornada da I Liga portuguesa de futebol, realizado hoje no Estádio Nacional, em Oeiras:
Rui Pedro Silva (treinador do Famalicão): “Foram duas partes distintas. Na primeira parte, não conseguimos impor o nosso jogo, não tivemos as melhores decisões, alguma desconcentração e acabámos por sofrer um golo numa transição.
Na segunda parte, ajustámos, pusemos o Pickel um pouco mais alto no campo e com uma pressão mais efetiva. Acabámos por dar a volta ao jogo, que, depois, entrou num período de mais bolas longas, onde faltou controlar melhor o jogo e ter mais discernimento. Felizmente, aconteceu o terceiro golo. Foi um jogo equilibrado no sentido de oportunidades e caiu para nós a vitória.
São adeptos exigentes, com expectativas altas. Desde que entrei, o objetivo foi a manutenção. Jogámos jogos decisivos, finais, jogos quase críticos no objetivo e isso faz crescer a ansiedade. Acho que a equipa correspondeu e tem mostrado qualidade nesta reta final do campeonato”.
Franclim Carvalho (treinador do Belenenses SAD): “Tenho de acreditar [na manutenção]. Obviamente que está mais difícil, mas sempre disse que se ia resolver na última jornada. Agora, só nos resta a questão do ‘play-off’ e temos de fazer o nosso trabalho, que é ganhar, e esperar que os outros adversários não façam o seu trabalho.
Ao intervalo, o resultado peca por escasso. Não me lembro de nenhuma oportunidade do Famalicão na primeira parte e lembro-me de várias nossas.
Na segunda parte, a malta que estava de fora fez alguma falta. Não tinha gente para mexer no meio-campo, tinha o Afonso Sousa e o Braima Sambú na primeira zona e, se tivesse o Yaya Sithole, o Sandro ou o Cafú Phete, teria sido diferente.
O adversário acaba por fazer dois golos, nós acabamos por empatar e, naquela fase de loucura, em que empatar ou perder era igual para nós, o adversário faz o terceiro. Parabéns ao Famalicão.
Tento estar sempre bem-disposto, mas é normal que esteja um bocado ‘abananado’. Sabíamos que dependíamos única e exclusivamente de nós, mas agora temos de esperar que os adversários não façam o trabalho deles”.