Entre 16.000 e 20.000 elementos das forças e serviços de segurança e das Forças Armadas estão envolvidos na segurança da Jornada Mundial da Juventude, avançou hoje o ministro da Administração Interna, que considerou o desafio “muito exigente”.
“É um desafio muito exigente, estamos a falar de 16.000 a 20.000 elementos das forças e serviços de segurança e das Forças Armadas que cooperam entre si para se ter uma Jornada Mundial da Juventude segura e pacífica”, disse aos jornalistas José Luís Carneiro.
O ministro participou na abertura de uma reunião com cerca de 200 oficiais e chefes da Polícia de Segurança Pública que vão desempenhar funções de comando nas equipas que estarão no policiamento da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), juntamente com o secretário-geral do Sistema de Segurança Interna, Paulo Vizeu Pinheiro, responsável pela coordenação do evento.
José Luís Carneiro afirmou que 14 entidades contribuíram com os seus planos de segurança autónomos para o plano global de segurança da JMJ, aquele que é “o maior evento de sempre realizado em Portugal e que convoca de forma muito especial as forças e serviços de segurança”.
O ministro explicou que neste encontro com oficiais e chefes da PSP vão ser “transmitidos detalhes de organização e segurança” do evento, tendo os comandos distritais da PSP recebido há cerca de um mês uma comunicação do diretor nacional da Polícia de Segurança Pública “com todos os dados relativos às condições logísticas, de transporte, de organização e alimentares”.
A PSP vai mobilizar para o policiamento da JMJ cerca de 10.000 polícias, dos quais cerca de 6.700 são do Comando Metropolitano de Lisboa (Cometlis) e os restantes dos diferentes comandos da PSP do país e alunos da escola de polícia de Torres Novas e do instituto superior de polícia.
Os polícias que vão reforçar o comando de Lisboa durante a JMJ vão receber 43,39 euros por dia de ajudas de custo e vão ficar alojados em instalações de habitação da PSP e das Forças Armadas.
Segundo a PSP, os polícias que vão precisar de alojamento são cerca de 1.400 e os restantes deslocam-se diariamente para Lisboa.
O ministro garantiu que está assegurado “o alojamento para todos” os polícias, que vão ter de pagar cerca de cinco euros para alojamento e outros cinco para a alimentação.
“O que significa que temos ajudas de custo que, não apenas cobrirão todas as despesas, como permitirão ainda alguns ganhos remuneratórios. As ajudas de custo vão pagar alojamento e refeições. Se não houvesse qualquer pagamento, significaria que legalmente não se podia pagar ajudas de custo”, disse, destacando que mais de 50% dos polícias que vão reforçar o comando de Lisboa são voluntários.
No encontro, o diretor nacional da PSP, Manuel Magina da Silva, afirmou que a Polícia de Segurança Pública vai ter “um forte empenhamento de efetivos”, que envolve elementos da Unidade Especial de Polícia, Cometlis e vários comandos do país.
Magina da Silva avançou que o dispositivo de segurança da PSP começa na quarta-feira com a pré-jornada, quando começam os Dias nas Dioceses, eventos que se vão realizar nas várias paróquias do país com os peregrinos que se deslocam a Portugal de todo o mundo.
Na mesma reunião, o secretário-geral do Sistema de Segurança Interna disse que o lema para a JMJ tem sido “máxima segurança com o mínimo transtorno” para a população e peregrinos.
“Estão reunidas as condições para que sejam as melhores jornadas de sempre”, frisou.
Lisboa foi a cidade escolhida pelo Papa Francisco para a edição deste ano da JMJ, com as principais cerimónias a terem lugar no Parque Eduardo VII e no Parque Tejo, a norte do Parque das Nações, na margem ribeirinha do Tejo, em terrenos dos concelhos de Lisboa e Loures.
A edição deste ano da JMJ conta com a presença do Papa Francisco, que estará em Portugal entre 02 e 06 de agosto.