Enoturismo motiva produtores de vinho verde a abrir portas no sábado

“Dar um impulso novo ao enoturismo na região”
Enoturismo motiva produtores de vinho verde a abrir portas no sábado
Foto: DR / Arquivo

Nove produtores de vinho verde abrem a suas portas ao público no sábado, durante nove horas, numa ação concertada com a respetiva Comissão de Viticultura para “dar um impulso novo ao enoturismo na região”.

Os produtores aderentes são o Palácio da Brejoeira e os vinhos Soalheiro, no Alto Minho, a Casa da Tojeira, em Cabeceiras de Basto, a Quinta de Santa Cristina, em Celorico de Basto, a Quinta do Tamariz, em Barcelos, a Quinta da Aveleda, em Penafiel, e as quintas da Lixa e de Maderne, em Felgueiras.

“Sem marcação prévia, entre as 10:00 e as 19:00, será possível conhecer as empresas, as vinhas e as referências do portfólio de cada produtor associado, havendo ainda propostas de atividades complementares em alguns dos aderentes da Rota dos Vinhos Verdes”, refere a Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes (CVRVV).

A iniciativa destina-se aos consumidores e permitirá “conhecer os vários perfis de vinhos da região e constatar diretamente com os produtores e o território”, sendo a “primeira vez que os aderentes da Rota dos Vinhos Verdes abrem as suas portas numa ação conjunta que investe na proximidade e na descoberta das várias sub-regiões”.

O presidente deste organismo, Manuel Pinheiro, disse à agência Lusa que “os visitantes vão onde quiserem e vão ser bem recebidos”, e os produtores “ganham experiência” para os seus projetos de enoturismo abrindo ao público as suas propriedades, adegas, restaurantes e unidades de alojamento.

A CVRVV disponibiliza “oito autocarros gratuitos”, com saídas do Porto e de Braga, para transportar alguns dos visitantes até à quinta eleita, que “já estão todos lotados” com famílias e “vários estrangeiros que moram por cá”, uns do Brasil e outros do Leste europeu.

“Há muito por fazer” no que respeita ao enoturismo na região dos vinhos verdes, “sobretudo na parte da melhoria da oferta” a quem procura este serviço, observou Manuel Pinheiro, acrescentando que é devido a essa constatação que a Comissão planeia “investir cada vez mais nesta área nos próximos anos”.

O dirigente considera que a região tem “um potencial fantástico e vai muito rapidamente apresentar resultados”, até porque os produtores encontram-se “perto de grandes cidades com muita oferta turística, como Braga, Guimarães, Porto e Viana do Castelo”.

“Para nós, o enoturismo vai ser considerado tão importante como os grandes mercados de exportação. Queremos corrigir o passo e ganhar velocidade”, reforçou, salientando que “o plano de formação da Academia de Vinho Verde” agendou um curso de dois dias para novembro focado no enoturismo e dirigido a produtores.

Manuel Pinheiro acrescentou ainda que, no Alto Minho, os visitantes talvez já se cruzem com as primeiras vindimas, cujo arranque em força está por dias, e afirmou que o “ano não correu mal” e a recente subida das temperaturas é uma boa notícia.

“A produção deve ser ligeiramente inferior à de 2018, mas em contrapartida parece-nos que poderá ser um ano de qualidade”, disse.

Questionado sobre a evolução das vendas de vinho verde até esta altura do ano, o presidente da CVRVV respondeu que “está nos níveis do ano passado, mas nota-se uma perda de velocidade devido à conjuntura económica internacional”.

 
Total
0
Shares
Artigo Anterior
Ministério público abre inquérito às causas da morte do triatleta de barcelos

Ministério Público abre inquérito às causas da morte do triatleta de Barcelos

Próximo Artigo
Investigadores da utad procuram usar tecnologia para monitorizar vespa asiática

Investigadores da UTAD procuram usar tecnologia para monitorizar vespa asiática

Artigos Relacionados