O bracarense, (e braguista), João Lopes acaba de dar à estampa o livro “Pelo Foot-ball Braguês”. Uma obra com 150 páginas e 75 fotografias, com prefácio do ex-vereador e investigador universitário, Miguel Bandeira e que já está à venda na Loja das Louceiras, na Rua Alferes Alfredo Ferreira, junto ao Campo da Vinha.
O autor, que tem 43 anos, é de Braga, e se licenciou em Engenharia na Universidade do Minho, é filho de Evandro Lopes cidadão que tem investigado as origens do futebol na cidade e o nascimento do próprio Sporting Clube de Braga, defendendo que foi criado antes da data oficial, a de 1921.
A obra é como que a história da modalidade na cidade entre 1900 e 1932, como se pode ver pelos capítulos do Índice: Um outro «jogo da bola» em Braga; A chegada do foot-ball a Braga; Entre o quartel e o liceu; Os primeiros clubes de foot-ball: Foot-ball proibido; Os Gomes e o foot-ball; O foot-ball durante a 1.ª Guerra Mundial; Os clubes do pós-Guerra; Fundação da AF de Braga em 27 de novembro de 1921; Futebol em organização- Parte 1; O SC Braga «apertado»; Futebol em Organização- Parte II; Clubes de futebol de Braga (1913.1932); Localização de sedes de clube e campos de foot-ball; Breve resenha histórica de alguns clubes (Soarense Sport Club – o mais antigo ; FC de Braga (A primeira potência futebolística), Liberdade Futebol Clube (Um clube sobrevivente mas não muito); De Caixeiros ao O Braga, e, O Clube Desportivo dos tipógrafos.
O livro prossegue, entre outros, com capítulos sobre a Taça João Azevedo, Personalidades relevantes, Lista de sócios e Benfeitores.
No Prefácio, Miguel Bandeira escreve: “pela leitura perpassa todo um conjunto de constantes e realidades estruturantes elucidativas à compreensão das origens do futebol e do desporto contemporâneo em Portugal. A sua afirmação em Braga, em particular, nas duas primeiras décadas do século XX, em que o futebol disputa a popularidade com o ciclismo”.
E prossegue: “De início pontuam os militares e os estudantes, respetivamente, devido à prática de exercício físico quotidiano, e à introdução da ginástica e da educação física nos curricula escolares. Dá-se a rápida transição daquilo que é a filantropia exclusiva de uma elite, identificada pelo uso de múltiplos anglicismos, desde logo no enunciado da modalidade, o foot-ball – mas também no uso frequente de termos como: sportsman, teams, equipiers, os matchs; as posições de jogo, veja-se o half e o back, etc.; naturalmente, os nomes dos primeiros clubes que se iam aventurando, importando-os ao sabor das referências cosmopolitas e das práticas urbanas mais avançadas, o sport, o sporting, club, etc, para uma crescente diversificação social dos participantes e popularidade dos curiosos seguidores”.